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Estado de Minas SAúDE

Para a pele não rachar

No período mais seco do ano, todo cuidado é pouco quando se trata de hidratação do corpo. Rosto, mãos e lábios, por ficarem mais expostos, acabam sofrendo com o ressecamento. É preciso se proteger


postado em 11/06/2013 15:27

Todo ano é a mesma coisa: com a chegada do tempo frio, a umidade do ar cai vertiginosamente. Quem vive em Belo Horizonte já se acostumou à mudança drástica. Em abril, a cidade registrava, em média, 50% de umidade relativa e, no início de maio, ela baixou para 30%. A Organização Mundial de Saúde considera ideal para a saúde humana índices acima de 60%. O que fazer, então, para manter a hidratação do corpo durante o outono e inverno, que deixam a cidade com jeito de deserto (no Saara, por exemplo, a umidade fica em torno de 10%)?

A solução é apelar para a ingestão de água (dois litros por dia) e o uso de hidratantes, especialmente os mais encorpados e à base de óleo. “A recomendação é usar cremes que contenham princípios ativos que ajudem a formar uma espécie de filme sobre a pele, atuando contra o tempo seco. Por exemplo, ácido hialurônico, aquaporine, ureia e óleos, como o de argan, macadâmia, karité e jojoba”, diz Maria Paula Del Nero, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. De acordo com a médica, rosto, mãos e braços, que são áreas expostas do corpo, acabam sofrendo mais com a secura do ar. Além delas, cotovelos e joelhos, que já são naturalmente mais ressecados, demandam atenção especial.

“O resto do corpo também resseca, porque a gente aumenta a temperatura do banho durante o tempo frio. A água quente faz com que percamos a camada de gordura da pele, chamada de barreira cutânea”, explica a dermatologista. Os hidratantes atuam, então, como proteção para manter a umidade do corpo, substituindo essa barreira natural que se perde no banho.

É recomendado também o uso de protetores labiais, como manteiga de cacau, já que essa região de mucosa possui uma camada de pele muito fina. Os dermatologistas recomendam, ainda, o uso de protetor solar nas áreas expostas do corpo, já que, apesar de agredir menos, o sol continua emitindo raios ultravioleta, que são nocivos e podem levar ao câncer.

Para quem já está com saudade da chuva, Claudemir de Azevedo, meteorologista do 5º Distrito de Meteorologia de Belo Horizonte, explica que ela não deve dar as caras tão cedo, já que a massa de ar seco, que está estacionada na região central do Brasil, incluindo grande parte de Minas Gerais, forma uma barreira contra a entrada de massas de ar frio nesta época do ano. “A perspectiva é de que o tempo continue dentro da normalidade, ou seja, com dias secos até meados de setembro”, diz o meteorologista.

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