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Estado de Minas NO PODER

Jogo de cintura


postado em 10/10/2013 12:52

(foto: Samuel Gê)
(foto: Samuel Gê)
 
 
Quando a Fiat anunciou que construiria uma nova fábrica de automóveis em Pernambuco, em 2011, o governo mineiro, que estava na disputa pelo empreendimento, acusou o golpe, alegando que a escolha teria sido influenciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, a empresa vem organizando diversas ações para encerrar o mal-estar na cúpula mineira e aproximar as culturas dos dois estados. A mais recente foi gastronômica: o diretor de comunicação da  montadora, Marco Antônio Lage (centro), reuniu em BH o chef pernambucano Thiago Freitas (esq.) e as chefs mineiras mineiras Karen Pirolli e Agnes Farkasvolgyi (dir.). Freitas apresentou uma tradicional sobremesa de seu estado, a banana com queijo, que aqui ganhou o nome de Cartola Desconstruída. Trouxe ainda peixes, massa de tapioca e molhos de frutas do Nordeste. Pode-se dizer que, agora, as relações entre a montadora e o governo estão bem temperadas.
 
(foto: José Varella/D.A. Press)
(foto: José Varella/D.A. Press)
 

Cobrança bilionária 1

O patrimônio declarado do ex-governador de Minas e ex-presidente da República Itamar Franco em outubro de 2010, quando disputou sua última eleição (Senado Federal), era de R$ 1,7 milhão – aí incluídos dois imóveis em Juiz de Fora, aplicações financeiras e, lógico, um Fusca, avaliado à época em R$ 13.789,41. Eleito senador pelo PPS, Itamar faleceu meses depois, em 2 de julho de 2011, aos 81 anos. Apesar de seu patrimônio de sete dígitos, o seu espólio terá de defender-se de uma cobrança de dívida feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na casa dos 10 dígitos: R$ 3.127.374.909,49.

Cobrança bilionária 2

A cobrança do Dnit refere-se a verbas que o governo de Minas Gerais recebeu em dezembro de 2002, último mês do governo Itamar Franco, que seriam destinadas a obras nas rodovias federais, desde que fossem estadualizadas. Foi uma saída política encontrada à época por Itamar e o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, para que a União ajudasse o estado a pagar o 13º salário do funcionalismo. A fatura chega agora. O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu tomada de contas especial do caso e, a reboque, o Dnit faz a cobrança do espólio de Itamar Franco. "Essa turma não está de brincadeira", ironiza o advogado Henrique Hargreaves, que foi chefe da Casa Civil no governo Itamar.
 
(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
 

Atentado ou acidente?

Os restos mortais de Geraldo Ribeiro,  motorista de Juscelino Kubitschek (JK), poderão ser exumados para apurar se o acidente de carro sofrido pelo ex-presidente da República foi decorrência de um atentado. A questão está na pauta da recém-empossada Comissão da Verdade de Minas Gerais (Covemg), que agora se une à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo para elucidar a questão. "A exumação é de fundamental importância", defende Betinho Duarte, um dos integrantes da comissão mineira, que faz coro com o presidente da comissão paulista, vereador Gilberto Natalini (PV). "Vou trabalhar com a  Comissão de Minas para que nos ajudem nessa questão", pontua o vereador. JK morreu em acidente automobilístico em 1976, no km 328 da rodovia Presidente Dutra, próximo à cidade de Resende, no Rio de Janeiro. Os laudos de exumação dos corpos de 1996 afirmam ter sido identificado um orifício de cerca de 5 mm de diâmetro na cabeça do motorista. Foi encontrado um fragmento metálico no caixão. O corpo está enterrado no Cemitério da Saudade, em BH. A versão oficial sustenta que o buraco no crânio seria uma decorrência de esfarelamento ósseo e o objeto, um prego do caixão. Segue a dúvida.
 
(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
 

Aleijadinho

Ele morreu em 1814, aos 84 anos. Hoje, Aleijadinho é considerado um dos maiores escultores (na foto, o profeta Oseias, um dos trabalhos do artista) de todos os tempos. Em comemoração ao Dia Estadual do Barroco, no próximo 18 de novembro, será instalada, na Assembleia Legislativa, a comissão de notáveis que definirá o calendário das comemorações em 2014 para os 200 anos da morte do artista. A empresária Ângela Gutierrez e a artista plástica Yara Tupynambá integrarão a comissão.
 
(foto: Gustavo Moreno/D.A. Press)
(foto: Gustavo Moreno/D.A. Press)
 

Auxílio-moradia 1

Aos 56 anos, o belo-horizontino Rodrigo Janot assumiu a Procuradoria-Geral da República já mandando um recado claro aos poderes: o auxílio-moradia –  benefício pago aos juízes, deputados estaduais e federais e membros do Ministério Público – não deve ser universal, e sim restrito aos casos, por exemplo, de magistrados em serviço que não tenham casa própria. 

Auxílio-moradia 2

Como pau que bate em Pedro também acerta João, os deputados estaduais que têm imóveis próprios em Belo Horizonte e recebem o benefício podem colocar as barbas de molho. Os 77 parlamentares em exercício e quatro licenciados têm direito a receber, em Minas, R$ 2.850 de auxílio-moradia, valor adicional ao salário de R$ 20.042,35. Já abriram mão do auxílio-moradia o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PSDB), Alencar da Silveira Jr. (PDT), André Quintão (PT), Anselmo José Domingos (PTC), Célio Moreira (PSDB), Fabiano Tolentino (PSD), Fred Costa (PEN), Ivair Nogueira (PMDB), João Leite (PSDB), João Vitor Xavier (PSDB), Cabo Júlio (PMDB), Luzia Ferreira (PPS), Maria Teresa Lara (PT) e Marques Abreu (PTB). A Mesa Diretora quer acabar com o benefício, mas enfrenta resistências em plenário. 

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