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Estado de Minas CIDADE | MúSICA

Novos sons na praça

Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado integra-se ao Circuito Cultural Praça Liberdade com unidade dedicada aos cursos de música e canto. Hoje, são 120 alunos, mas a meta é abrir vagas, inclusive, para a rede pública de ensino


postado em 11/04/2014 11:13 / atualizado em 11/04/2014 17:37

Apresentação de alunos no espaço do Centro de Formação Artística: escola vive momento especial, com a integração ao Circuito Cultural Praça da Liberdade(foto: Paulo Márcio)
Apresentação de alunos no espaço do Centro de Formação Artística: escola vive momento especial, com a integração ao Circuito Cultural Praça da Liberdade (foto: Paulo Márcio)
Emi Ayó dos Santos Medina, de 18 anos, tem um sonho: "Quero me tornar músico de uma grande orquestra". Calouro do curso de percussão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o jovem vai arregaçar as mangas e conciliar a vida na faculdade com as aulas no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (Cefar). A instituição, com sede no Palácio das Artes, na avenida Afonso Pena, vive um momento especial. Ela ganhou, em março, uma extensão na rua Sergipe, bairro Funcionários, transformando-se no 11º espaço do Circuito Cultural Praça da Liberdade. E mais: parceria firmada entre as secretarias de Estado de Cultura e Educação vai permitir novas pesquisas no campo das artes e abrir as portas para que mais jovens possam mergulhar nesse universo das artes.

Emi Ayó, aluno do Cefar:
Emi Ayó, aluno do Cefar: "Quero me tornar músico de uma grande orquestra" (foto: Paulo Márcio)
A nova unidade do Cefar foi instalada em uma casa na qual os cômodos servem de salas de aulas e lugar para pequenas apresentações. No local, haverá aulas de música e canto, o que representará 70% das ações que eram realizadas na sede do Palácio das Artes, onde continuam os trabalhos de dança e teatro. Durante a inauguração do espaço, professores e alunos não perderam tempo e já testaram a acústica do local. É o caso dos colegas Emanuelle Lima Cardoso, de 22 anos, e Otávio Marques Lisboa, de 25. Ambos estudam canto e se formam no fim do ano. "Parece aqueles conservatórios de cidade do interior mineiro", diz  Otávio, empolgado com a nova fase do Cefar. Para o rapaz, a escola proporciona duas experiências importantes: "Serve de ponte para a universidade e nos dá oportunidade de exercitar o aprendizado em concertos", diz.

Emanuelle também está entusiasmada com a novidade. "A nova sede é linda. A impressão é de estar em casa, realmente", diz a jovem, que tentou fazer dança e teatro, mas a música acabou falando mais alto. Fernanda Machado, presidente da Fundação Clóvis Salgado, conta que a ideia de expandir o espaço físico do Cefar surgiu porque a escola cresceu. Em apenas dois meses e meio, foram feitas as adequações às demandas técnicas de uma escola de música. Durante cinco anos, a fundação terá o direito de usar o imóvel sem custo algum, o que foi viabilizado por meio de um termo de cessão assinado entre a instituição e a Secretaria de Estado de Planejamento.

(foto: Foto: Paulo Márcio)
(foto: Foto: Paulo Márcio)
Graças à parceria entre as secretarias estaduais de Educação e Cultura, os alunos da rede estadual de ensino poderão interagir, em breve, com Cefar. "Estamos propondo a oferta de vagas para alunos de forma integrada", diz Ana Lúcia Gazzola, secretária de Estado de Educação. Para ela, o setor cultural é fatia importante da economia. "É uma área de empregabilidade relevante do século XXI e toda área de produção cultural tem um papel muito estratégico, inclusive, para geração de emprego e renda", diz.      
A outra boa notícia é que as aulas do Cefar podem se tornar gratuitas a partir do ano que vem. "Atualmente, há uma taxa simbólica, mas estamos avaliando a possibilidade de não haver custo algum", diz Fernanda Machado, presidente da Fundação Clóvis Salgado.  

Polo de grandes artistas, o Cefar é responsável por grupos profissionalizantes do Palácio das Artes como Ballet Jovem, Grupo de Choro, Coral Infantojuvenil e a Big Band, contudo, outros projetos podem surgir. Eliane Parreiras, secretária de Estado de Cultura, acredita que a união com a Secretaria de Educação vai permitir uma série de ações de aperfeiçoamento e melhorias da escola de música, dança e teatro. "E podemos cumprir o papel de formação de artistas, grupos profissionalizantes e de pessoas que atuam na comunidade", diz.

 

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