A nova unidade do Cefar foi instalada em uma casa na qual os cômodos servem de salas de aulas e lugar para pequenas apresentações. No local, haverá aulas de música e canto, o que representará 70% das ações que eram realizadas na sede do Palácio das Artes, onde continuam os trabalhos de dança e teatro. Durante a inauguração do espaço, professores e alunos não perderam tempo e já testaram a acústica do local. É o caso dos colegas Emanuelle Lima Cardoso, de 22 anos, e Otávio Marques Lisboa, de 25. Ambos estudam canto e se formam no fim do ano. "Parece aqueles conservatórios de cidade do interior mineiro", diz Otávio, empolgado com a nova fase do Cefar. Para o rapaz, a escola proporciona duas experiências importantes: "Serve de ponte para a universidade e nos dá oportunidade de exercitar o aprendizado em concertos", diz.
Emanuelle também está entusiasmada com a novidade. "A nova sede é linda. A impressão é de estar em casa, realmente", diz a jovem, que tentou fazer dança e teatro, mas a música acabou falando mais alto. Fernanda Machado, presidente da Fundação Clóvis Salgado, conta que a ideia de expandir o espaço físico do Cefar surgiu porque a escola cresceu. Em apenas dois meses e meio, foram feitas as adequações às demandas técnicas de uma escola de música. Durante cinco anos, a fundação terá o direito de usar o imóvel sem custo algum, o que foi viabilizado por meio de um termo de cessão assinado entre a instituição e a Secretaria de Estado de Planejamento.
Graças à parceria entre as secretarias estaduais de Educação e Cultura, os alunos da rede estadual de ensino poderão interagir, em breve, com Cefar. "Estamos propondo a oferta de vagas para alunos de forma integrada", diz Ana Lúcia Gazzola, secretária de Estado de Educação. Para ela, o setor cultural é fatia importante da economia. "É uma área de empregabilidade relevante do século XXI e toda área de produção cultural tem um papel muito estratégico, inclusive, para geração de emprego e renda", diz.
A outra boa notícia é que as aulas do Cefar podem se tornar gratuitas a partir do ano que vem. "Atualmente, há uma taxa simbólica, mas estamos avaliando a possibilidade de não haver custo algum", diz Fernanda Machado, presidente da Fundação Clóvis Salgado.
Polo de grandes artistas, o Cefar é responsável por grupos profissionalizantes do Palácio das Artes como Ballet Jovem, Grupo de Choro, Coral Infantojuvenil e a Big Band, contudo, outros projetos podem surgir. Eliane Parreiras, secretária de Estado de Cultura, acredita que a união com a Secretaria de Educação vai permitir uma série de ações de aperfeiçoamento e melhorias da escola de música, dança e teatro. "E podemos cumprir o papel de formação de artistas, grupos profissionalizantes e de pessoas que atuam na comunidade", diz.