Imagine uma pessoa intensa. Do tipo que mergulha em tudo o que faz. Para ela não existe meio-termo. Ou é, ou não é. Assim é Nazareth Teixeira da Costa. Naquilo que acredita, ela se entrega de forma abnegada e sem medir consequências. É assim com seu time de coração, o Atlético; com a família; com a política e com seus afazeres no grupo Diários Associados, um dos maiores conglomerados de comunicação do país, controlador, entre outros, dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense (no DF), da TV Alterosa (SBT) e do portal Uai.
Neste ano, a Jornada Solidária completou 50 anos de ajuda ininterrupta aos pobres. Comemorou o feito com a inauguração de duas creches na capital mineira, em novembro: a de Sumaré, na região Noroeste, com investimento de R$ 200 mil; e no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul, que recebeu R$ 90 mil. As obras só foram possíveis graças às ações sociais realizadas ao longo do ano pela Jornada, como o torneio empresarial de tênis, noite de bingo, Feijão Solidário e Festa Hit.
Há 12 anos no comando do programa, Nazareth se emociona ao falar do contato com as crianças. “Meu sonho era entrar numa creche, sentar e conversar. É muito gratificante... (ela chora).”
Incansável, a emotiva Nazareth faz visitas frequentes às creches e afirma estar longe de seu sonho. “Quero ter médico, dentista e educador físico pelo menos duas ou três vezes por semana nas creches”, diz. Os fins de semana são reservados para a família. Aos sábados, não abre mão de reunir todos os Teixeira da Costa ao redor da mesa de almoço que tem na aconchegante casa em que vive no bairro Mangabeiras. É ela quem cozinha para as noras, os dois filhos (Geraldo e Marcelo) e os cinco netos. Para agradar a todos, faz sempre três ou quatro pratos. Quando viu que as exigências gastronômicas da turma cresciam, lá foi ela mergulhar no mundo da culinária. Fez curso intensivo. “Minha família merece, ela é extraordinária”, diz. “Quero ver as crianças das creches terem as mesmas oportunidades que meus netos”. Recentemente, Nazareth teve notícia de que um menino assistido pelo Jornada Solidária, hoje com 20 anos, arrumou bom emprego. “Ele vai trabalhar... (ela chora)”.