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Estado de Minas CRÔNICA

Escritora Paula Pimenta estreia em Encontro

Autora de 17 livros escreverá todos os meses na revista e também no site


postado em 02/05/2019 08:07

"Vivenciar algo inédito tem um sabor diferente. É andar no escuro, é não ter certeza do que vem a seguir. É arriscar-se. E por isso mesmo é tão difícil esquecer" (foto: Arquivo Pessoal)
Tudo que somos ou fazemos, teve seu início algum dia. A nossa vida é cheia de estreias! 

Aposto que você já pisou em uma cidade onde nunca esteve antes. E provavelmente presenciou os primeiros passos de um bebê. Também já deve ter assistido a um filme que esperava ansiosamente entrar em cartaz. E leu um livro que te fez pensar por dias. Escutou uma música que te conquistou instantaneamente. 

A estreia é sempre diferente. Depois dela, tudo se torna meio previsível. Já sabemos o que esperar. Já estivemos ali. Não é que as outras vezes se tornem sem graça... Também é gostoso revisitar lugares que amamos, notar o bebê andar mais rápido a cada dia, rever filmes, reler livros e reescutar músicas que nos trazem sensações boas. Mas, fazer isso tudo pela primeira vez é como nascer novamente. Vivenciar algo inédito tem um sabor diferente. É andar no escuro, é não ter certeza do que vem a seguir. É arriscar-se. E por isso mesmo é tão difícil esquecer.

No começo, é normal sentir ansiedade por saber se aquilo vai dar certo, se vamos nos ajustar, se iremos agradar... Mas não existe nada mais instigante do que algo que chacoalhe um pouco a rotina, para alterar o caminho que já sabemos de cor. No fundo, todos nós adoramos uma novidade!

Não conheço ninguém que não tenha uma coleção de "primeiras vezes" na memória. De coisas bobas a sérias, o início é o que mais nos marca.  O primeiro dia de aula. O primeiro amigo. O primeiro amor. O primeiro beijo. O primeiro namorado. O primeiro emprego. O primeiro carro. O primeiro coração partido. A primeira saudade.

Na maioria dos casos, o começo não é muito bom, geralmente estamos inseguros, mas é a partir dali que podemos refazer, melhorar, crescer. É assim que tudo se desenvolve. São essas primeiras vezes que nos levam a todas as outras. 

As pessoas que vivem intensamente geralmente têm iniciações com frequência. Elas sempre desejam ir mais longe, testar os próprios limites, usar cada minuto para experimentar. Essas pessoas são minoria, pois é complicado sair da nossa zona de conforto. É muito mais fácil viver só de segundas, terceiras e quartas vezes... Mas é necessário dar o primeiro passo para descobrir talentos que você nem sabe que possui, passar por caminhos que você nem sonha em percorrer, conhecer pessoas que você nem imagina que existem.
 
Na verdade, todos os dias passamos por estreias sem nos dar conta disso. Você se lembra da primeira vez que comeu alguma comida exótica? Da primeira vez que chorou de rir? Da primeira vez que andou de montanha russa? E da primeira vez que viu o seu amor? 
Agora uma pergunta que vai te fazer pensar: você se lembra de quando foi a última vez que teve uma primeira vez?

Para mim, essa última é fácil responder. Hoje. Essa é a primeira vez que eu escrevo para a revista Encontro. Na verdade, eu e a Encontro já temos uma história. Já fui entrevistada, participei de várias matérias, fui até jurada da Encontro Gastrô. Mas, escrever para a revista é novidade! 

A expectativa é grande porque essa é também a primeira vez que você lê algo que eu estou escrevendo aqui. Mas, quer saber? Pra mim, essa é a melhor parte, pois nada é mais gratificante do que começar algo em companhia de outras pessoas!

Então é isso. Todos os meses vou estar neste espaço para compartilhar alguns dos meus pensamentos com vocês. Eu espero que gostem e que também participem, escrevendo, comentando, curtindo, opinando. Da minha parte, prometo escrever sempre com a mesma emoção, ansiedade e expectativa. 

Como se, a cada mês, fosse novamente a minha primeira vez. 

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