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Estado de Minas NEGÓCIOS

Braço de inovação do Grupo BMG é o que mais investe em startups no país

Empresas de tecnologia que receberam apoio do UpTech comemoram bons resultados e planejam expansão


postado em 27/11/2019 14:46 / atualizado em 27/11/2019 17:55

Rodolfo Santos, CEO do BMG UpTech, sobre o ecossistema das startups:
Rodolfo Santos, CEO do BMG UpTech, sobre o ecossistema das startups: "Conseguimos acompanhar o amadurecimento deste setor e aprendemos muito com ele" (foto: Geraldo Goulart/Encontro)
Para quem é leigo, a ideia de projetar pessoas, figuras mitológicas ou super-heróis na sala de casa parece coisa de ficção científica, como no clássico Star Trek (Jornada nas Estrelas). Entretanto, o holograma, imagem tridimensional obtida a partir da projeção de luz, é bem real, tem gerado possibilidades quase infinitas de uso e acabou abrindo um novo e competitivo mercado. Por isso, Bruno e Adriano Westin e Sirley Dias querem destacar-se nesse universo. O trio comanda a Holobox, startup de Belo Horizonte especializada nos tais projetores e em criar soluções por meio dos hologramas.

Para alçar voos mais ousados, no entanto, os empreendedores precisaram de uma forcinha. Participaram do Fiemg Lab, programa de aceleração para startups. Foi aí que encontraram o UpTech, braço de inovação do Grupo BMG. A Holobox  foi, então, catapultada. "Recebemos uma ajuda financeira. O mais importante, contudo, não foi isso. Ganhamos mais visibilidade. Passamos a ser indicados e novas oportunidades nos foram oferecidas. Isso, nem dinheiro compra", diz Bruno Westin, um dos sócios na Holobox, a caminho da China, para onde pretende levar parte da fabricação de seus produtos.

Sofia Fada, sócia na Kriativar:
Sofia Fada, sócia na Kriativar: "Passamos a ter contato com grandes empresas e as vendas têm me surpreendido bastante. Agora, estamos planejando expandir os negócios para o Canadá" (foto: Geraldo Goulart/Encontro)
Não é raro ouvir histórias de sucesso de quem teve contato com o UpTech, criado em 2016. Apesar da curta trajetória, a empresa já comemora reconhecimento. Em 2019, ficou em primeiro lugar como quem mais negociou e fechou contratos envolvendo startups, de acordo com o ranking da Open Startups. Em outra lista, a da Startup Awards, promovida pela Associação Brasileira de Startups, o UpTech foi indicado, também neste ano, para figurar entre as 10 maiores empresas que investem no meio. "Conseguimos acompanhar o amadurecimento desse setor e aprendemos muito com ele", diz Rodolfo Santos, CEO do BMG UpTech. Até agora, a empresa já acumula cerca de 80 milhões de reais investidos no celeiro da inovação.

A parceria com a Bossa Nova Investimentos, de Pierre Schurmann e João Kepler, possibilitou, de acordo com Rodolfo, ganho em experiência e a consolidação do propósito da empresa. Em outras palavras, não basta ter uma ideia para ganhar a atenção deles. "Investimos apenas em startups que já têm pelo menos um pequeno faturamento. Se uma ideia atrai clientes é sinal de que ela está sendo validada", diz Rodolfo. O objetivo do BMG UpTech é identificar startups cujos negócios sejam viáveis. A partir daí, o banco investe no seu desenvolvimento e as coloca em contato com o mercado, ou seja, com possíveis compradores das soluções.

Fabiano Carrijo (de blusa branca com notebook), sócio na Psicologia Viva, com parte da equipe:
Fabiano Carrijo (de blusa branca com notebook), sócio na Psicologia Viva, com parte da equipe: "Por meio do UpTech, aprendemos a lidar com o investidor e a negociar com ele" (foto: Alexandre Rezende/Encontro)
Foi o caso da Kriativar, voltada para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para a educação. "Passamos a ter contato com grandes empresas e as vendas têm me surpreendido bastante. Agora, estamos planejando expandir os negócios para o Canadá", afirma a sócia Sofia Fada. A Kriativar explora as potencialidades da inteligência artificial, realidade aumentada e da gamificação para criar processos pedagógicos, voltados também para o ambiente corporativo.

A Psicologia Viva, plataforma digital que conecta psicólogos e pacientes, é outro exemplo de startup que está voando baixo depois de conhecer o UpTech. "Atualmente, registramos pelo menos 7 mil consultas por mês", diz Fabiano Carrijo Justino, um dos quatro sócios da plataforma. "Por meio do UpTech, aprendemos a lidar com o investidor e a negociar com ele. Passamos a entender o nosso modelo de empresa com o objetivo de crescer", afirma. A meta é ousada. "Queremos ser referência em saúde mental na América Latina", afirma Fabiano.

Para quem tem uma ideia ou o famoso sonho de criar uma startup e ganhar muito dinheiro, Rodolfo Santos, CEO do BMG UpTech, dá uma dica: "Ideia no papel não vale nada. Quanto mais falar sobre ela com outras pessoas, melhor", afirma. 

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