À frente da Unimed-BH com a atual diretoria desde 2014, o mineiro - que por ter 65 anos faz parte do grupo de risco para o novo coronavírus - tem encarado a pandemia com coragem e seriedade (além, claro, de todos os devidos cuidados) para auxiliar os mais de 1,3 milhão de clientes da operadora. Segundo seu amigo de 20 anos e colega de diretoria, o médico José Augusto Ferreira, é nos momentos desafiadores que Samuel Flam mais prospera. "Ele é forte, resiliente e, em frente a um desafio, parece se tornar ainda mais produtivo", diz. "Ao mesmo tempo, é uma pessoa de gestão compartilhada, ouve a todos e tem a capacidade de escolher os melhores caminhos."
E o caminho não poderia ter sido mais acertado para a Unimed-BH. A operadora foi pioneira em implementar o teleatendimento para pacientes que tivessem sintomas da Covid-19, ainda em março. A estratégia permitiu que milhares de pessoas pudessem ser acompanhadas remotamente, evitando a maior disseminação do vírus e também a ocupação sem necessidade de leitos em unidades de saúde. Até agora, foram mais de 180 mil consultas na plataforma, com o recorde de 1.866 em um mesmo dia. A tecnologia não ficou restrita a quem tem acesso a um plano de saúde. A operadora fez uma parceria com a prefeitura de Belo Horizonte em abril passado e a plataforma foi cedida ao município, bem como foi feito o treinamento dos profissionais para seu uso. A parceria foi renovada até 30 de junho próximo. "Existe uma responsabilidade social da Unimed", diz Flam, lembrando a importância da ferramenta no atual momento epidemiológico da cidade. "Não me consideraria satisfeito que a gente tivesse entregue o serviço somente para os clientes da Unimed e não para a população."
Apesar do contexto econômico que levou ao aumento do desemprego, a carteira de clientes da Unimed cresceu em 2020 e bateu recorde nestes 50 anos da empresa. Uma forma de reconhecimento pela atuação em meio à pandemia veio ainda no ano passado, com o convite pelo Fórum Econômico Mundial para que a Unimed participasse de uma iniciativa chamada The Great Reset (O Grande Recomeço), que reúne lideranças mundiais para discutir o "novo normal". Segundo o cardiologista, são reuniões remotas duas vezes ao mês, em que há a tentativa de se alinhar desafi os e conhecimentos de diversos países. A operadora foi a única empresa brasileira do segmento de saúde suplementar convidada, de acordo com o Fórum, porque "a cooperativa mineira teve atuação de destaque durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, buscando soluções que beneficiaram e impactaram de maneira positiva toda a sociedade".