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Estado de Minas NEGÓCIOS

Cerimônias intimistas são aposta do setor de eventos para o pós-pandemia

Com o avanço da vacinação, espaços tradicionais de Belo Horizonte já sentem uma procura por essas solenidades pequenas e se preparam para uma temporada dos chamados mini-weddings


postado em 02/05/2021 22:45 / atualizado em 02/05/2021 22:50

Os sócios do espaço Tertúlia, Emerson e Mariana Canals investiram em reformas durante a pandemia:
Os sócios do espaço Tertúlia, Emerson e Mariana Canals investiram em reformas durante a pandemia: "Estamos otimistas e acreditamos que após a vacinação o novo formato vai proporcionar casamentos muitos especiais e com segurança", diz Emerson (foto: Paulo Márcio/Encontro)
Vão-se as festas grandiosas e entram em cena as comemorações mais intimistas. A pandemia do novo coronavírus pode ser responsável por trazer uma mudança significativa nas recepções, que devem lembrar aquelas que aconteciam em casa, com lista pequena de convidados. Com a promessa de reabertura da economia trazida pela vacinação, esse novo modelo de festejar, que já vem sendo chamado de "small parties" deve ser tornar tendência. Ganham espaço as celebrações entre pequenos grupos, que podem ser tão sofisticadas quanto uma grande festa, rica em detalhes, ou mais descoladas e contemporâneas, respeitando os protocolos de segurança que começam exatamente com a regra 1: número limitado de convidados.

A gestora de eventos da Amadoria, Carolyne Rocha, aposta nas confraternizações para pequenos grupos no quintal:
A gestora de eventos da Amadoria, Carolyne Rocha, aposta nas confraternizações para pequenos grupos no quintal: "Já realizamos casamento para 15 pessoas" (foto: Divulgação)
Com o avanço da vacinação, espaços tradicionais de Belo Horizonte já sentem uma procura por esses eventos pequenos e se preparam para uma temporada dos chamados mini-casamentos (ou mini-weddings, na linguagem usada pelos bufês), das pequenas festas familiares e aniversários entre amigos mais próximos. Os jardins da Casa Bernardi são um bom exemplo. Em estilo clássico, a construção localizada na Cidade Jardim tem completa estrutura, com espaços externos e internos que se comunicam, para receber festas de todos os portes. Neste momento, no entanto, a sócia-proprietária Alice Paes diz que o espaço está pronto para receber festas menores, seja no ambiente interno ou ao ar livre, respeitando o distanciamento e o número limitado de convidados.  Os eventos também ganham serviços mais sofisticados, como os jantares empratados que substituem o bufê aberto, mais uma medida também de segurança. As possibilidades, segundo Alice, são inúmeras. Desde um chá revelação para 10 pessoas no espaço interno até um casamento com música ao vivo para 100 convidados. "O espaço modular da casa permite que a área seja adequada a qualquer tamanho de festa."

Alice Paes, da Casa Bernardi (na foto, com o sócio Henrique Feitosa):
Alice Paes, da Casa Bernardi (na foto, com o sócio Henrique Feitosa): "O espaço modular da casa permite que a área seja adequada a qualquer tamanho de festa" (foto: Dudua's Profeta/Encontro)
Também apostando em festas intimistas, mas cheias de sofisticação e detalhes muito personalizados, o espaço Tertúlia funciona no bairro Santa Efigênia desde 1997. A casa inspirada em um pátio espanhol, com pisos em pedriscos, passeios e amplos jardins naturais é especializada em casamentos e tem boas expectativas para eventos menores. "Estamos otimistas e acreditamos que após a vacinação o novo formato vai proporcionar casamentos muitos especiais e com segurança. Durante a pandemia investimos em reformas que deixaram o espaço ainda mais bonito", diz o sócio-proprietário Emerson Canals. Segundo ele, um casamento pequeno não é sinônimo de um evento econômico, ao contrário, traz valor em serviços cuidadosamente escolhidos para uma festa sofisticada e ao mesmo tempo aconchegante.

Julia Braga, dona da empresa Museu de Grandes Novidades, se prepara para abrir a Casa Museu:
Julia Braga, dona da empresa Museu de Grandes Novidades, se prepara para abrir a Casa Museu: "A proposta é para festas intimistas e aconchegantes, cheias de bom gosto" (foto: Divulgação)
Uma casa charmosa na região do bairro Floresta, com sacada que se transforma em palco, está pronta para receber pequenas festas de aniversário, mini-casamentos, reunião de amigos ou de empresas. A Amadoria tem jardins cobertos e também aposta nas pequenas confraternizações como um primeiro passo para um retorno dos encontros pós-pandemia. Carolyne Rocha, sócia da casa e gestora de eventos, diz que o quintal é um charme e nesse momento muito procurado. Ela ressalta que durante a pandemia os sonhos foram congelados ou adiados, mas não cancelados. Assim, receber os amigos em um formato menor vai possibilitar a muitos retomarem o saudável hábito de festejar a vida. "Já realizamos casamento para 15 pessoas." Nesse sentido, Julia Braga, dona da empresa Museu de Grandes Novidades, especializada em eventos, diz que nada escapa em uma festa menor. As pessoas se sentem mais próximas e cada detalhe deve ser bem cuidado. "Festas menores devem ser muito bem amarradas." No pós-pandemia ela inaugura a Casa Museu, na Pampulha. Com jardins e área externa a ideia é que a casa receba eventos para até 60 pessoas, que podem variar de piqueniques e jantares a casamentos. "A proposta é para festas intimistas e aconchegantes, cheias de bom gosto", diz Julia.

Marcelo Haddad, chef e proprietário do restaurante Paladino:
Marcelo Haddad, chef e proprietário do restaurante Paladino: "No pós pandemia, a busca por celebrações de menor porte será um marco da retomada" (foto: Nereu Jr./Divulgação)
E para uma pegada bem mineira o Restaurante Paladino, que há 19 anos funciona na Pampulha em área com muito verde e alguns animais, também reformulou o seu espaço para, na pós-pandemia, atender a grupos menores, embora a casa comporte grandes eventos. O chef e proprietário Marcelo Haddad explica que o local está bem estruturado para receber casamentos civis, que normalmente reúnem o grupo familiar e os padrinhos, batizados, aniversários e confrarias entre amigos. Encontros de até 50 pessoas podem ocorrer em ambientes amplos ou ao ar livre, sob o caramanchão. A cozinha com fogão a lenha é um espaço que possibilita reuniões informais para grupos ainda menores, como de 15 pessoas. "No pós pandemia, a busca por celebrações de menor porte será um marco da retomada", diz.

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