Os alimentos ultraprocessados são aqueles fabricados com adição (geralmente em excesso) de sal, açúcar, gorduras entre outros ingredientes. Nessa categoria estão salsicha, linguiça calabresa, sorvete, hamburguer, nuggets e macarrão instantâneo, além de cereais matinais e barrinhas de cereal. Os shakes vendidos como substitutos de refeições também estão incluidos nos ultraprocessados.
Na Espanha, a Universidade de Navarra selecionou e acompanhou a saúde e os hábitos alimentares de quase 20 mil pessoas durante dez anos. Nesse período, 335 voluntários morreram. Proporcionalmente, para cada 10 mortes entre os que comiam menos alimentos ultraprocessados, houve 16 óbitos entre os que ingeriam esse tipo de comida, informa a BBC.
Já na França, ainda segundo a emissora britânica, os pesquisadores da Universidade de Paris buscaram avaliar problemas cardíacos possivelmente causados pelos ultraprocessados. Sendo assim, os cientistas acompanharam mais de 100 mil voluntários durante cinco anos, também observando seus hábitos alimentares.
A conclusão do estudo francês foi que aqueles que comeram mais alimentos ultraprocessados tiveram mais doenças do coração, com uma taxa de 277 por 100 mil. Já entre os que ingeriram menos essas comidas, a taxa foi de 242 por 100 mil.
Apesar dos resultados alarmantes, tanto os cientistas espanhóis quanto os franceses pregaram cautela, explicando à BBC que os estudos não são conclusivos, pois apenas apontam que pode existir uma relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e um maior risco de morte prematura. Ainda segundo os pesquisadores, o que se pode afirmar, mesmo, é que essas comidas fazem mal à saúde, pois isso já foi comprovado anteriormente pela Ciência.
Os principais problemas dos ultraprocessados*
- Têm baixo teor de fibras e nutrientes
- Alta quantidade de aditivos, como sal, açúcar e gorduras
- As pessoas tendem a comer mais esse tipo de comida porque ela já vem pronta
- Reduzem a ingestão de alimentos mais saudáveis
*Fonte: BBC