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Estado de Minas SAÚDE

Atenção ao procurar médicos para cirurgias estéticas pelas redes sociais

Cassação do registro de Dr Bumbum relembra a importância da escolha do profissional para procedimentos de beleza


postado em 15/05/2019 15:24

Alexandre Meira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Minas Gerais: %u201COs pacientes devem procurar profissionais bem formados, que sejam especialistas na área em que atuam(foto: Alexandre Meira )
Alexandre Meira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Minas Gerais: %u201COs pacientes devem procurar profissionais bem formados, que sejam especialistas na área em que atuam (foto: Alexandre Meira )
O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, não pode mais praticar medicina. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO) publicou a cassação do registro do profissional nessa terça-feira (13). Doutor Bumbum está sendo investigado pela morte da bancária Lilian Calixto, 46 anos, que passou mal após um procedimento estético feito pelo médico em seu apartamento, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele chegou a ficar preso por seis meses, em 2018, no Rio.

Doutor Bumbum era conhecido pelas cirurgias de preenchimento de glúteos e fazia sucesso nas redes sociais com fotos de pré e pós-operatório mostrando resultados de sucesso. Seus perfis eram extremamente ativos, com muitas postagens e interação com seguidores, falando sobre os procedimentos, tirando dúvidas, divulgando seus serviços. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Minas Gerais, Alexandre Meira, o caso reflete o que acontece com frequência no país: uma junção de profissionais irresponsáveis e mais interessados em ganhar dinheiro do que no bem estar do paciente com pessoas muitas vezes mal informadas e ávidas por procedimentos milagrosos. “Os pacientes devem procurar profissionais bem formados, que sejam especialistas na área em que atuam. E mesmo esses profissionais com titulação de especialistas devem ter a responsabilidade e o critério para contraindicar intervenções, quando for o caso, e informar aos pacientes os prós e contras daquele procedimento", diz Meira. "Também têm o dever de dizer que todo procedimento, estético ou não, tem seus riscos”, afirma.
(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Da parte dos pacientes, Meira afirma que é imprescindível pedir indicações, pesquisar sobre o profissional e também sobre o procedimento proposto. E desconfiar de quem faz propaganda e vende soluções milagrosas nas redes sociais. “No mínimo, as propagandas são antiéticas. Informar de maneira honesta envolve também falar das possíveis complicações, não apenas os resultados positivos”, diz. Pesquisar sobre os preços médios de uma intervenção e das condições-padrão daquela prática (se é realizada em consultório ou bloco cirúrgico, o material utilizado etc) são formas de se resguardar quanto ao que um profissional mal-intencionado possa oferecer. E é sempre importante pedir mais de uma opinião.

(Com informações da Agência Brasil)

Dicas para não cair nas garras dos charlatões

  • Fuja de profissionais que postam fotos de pré e pós-operatório
  • Desconfie de quem faz diagnósticos e passa preços via redes sociais
  • Evite quem diga que o procedimento que realiza não tem riscos
  • Procure as credenciais do profissional: se ele tem registro do Conselho Regional de Medicina do estado onde trabalha e se é especialista na área em que atua (se tem Registro de Qualificação e Especialidade - RQE)
  • Pesquise o procedimento proposto e veja se está de acordo com o que é descrito em sites de organizações formais, como as sociedades médicas (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, de Dermatologia, etc.)
  • Desconfie de quem cobra preços muito abaixo do mercado
  • Peça indicação de outros médicos dos quais você ateste a qualidade e seriedade

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