
> Leia mais:
Entenda a diferença entre problema no fígado, no estômago e no intestino
O gastroenterologista Henrique Eloy, especialista em cirurgia e endoscopia bariátrica, alerta que o problema, se não for tratado, pode levar a consequências graves, incluindo o surgimento de câncer no esôfago. Entretanto, o médico destaca que o refluxo pode ser prevenido de forma simples, mantendo hábitos saudáveis. "A obesidade é uma das principais causas, porque ela aumenta a pressão dentro do abdômen e pode provocar, ainda, a hérnia de hiato, dois fatores que, comprovadamente, levam ao refluxo", diz.
Além disso, problemas como alterações hormonais, asma e diabetes também podem provocar a doença, segundo o especialista, que cita, ainda, outros fatores desencadeantes, como gravidez, tabagismo e uso de alguns medicamentos, como os antidepressivos.
Tratamento
De acordo com Henrique Eloy, o tratamento inicial contra o refluxo é realizado por meio de medicamentos e recomendação de mudanças de comportamento do paciente. Se, mesmo assim, os sintomas persistirem, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados, como explica o médico. "A operação para o tratamento de refluxo visa reconstituir a anatomia da região e confeccionar uma válvula anti-refluxo que não permite que o conteúdo gástrico volte para o esôfago. Como é uma área, muitas vezes, de difícil acesso ao cirurgião, é recomendada a cirurgia robótica, que realiza todo o procedimento de maneira mais precisa e permite ao paciente voltar a suas atividades habituais em, aproximadamente, uma semana", diz o especialista.