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Estado de Minas SAÚDE

No Dia Nacional da Mamografia, médico alerta para a importância do exame

5 de fevereiro é a data escolhida para se lembrar do procedimento fundamental no diagnóstico precoce de câncer de mama. Mastologista explica que a mamografia também é indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias


postado em 05/02/2021 09:43 / atualizado em 05/02/2021 09:45

O médico Henrique Lima Couto, mastologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia(foto: Divulgação)
O médico Henrique Lima Couto, mastologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (foto: Divulgação)
Nunca se falou tanto em saúde - e na falta dela - como nos últimos tempos. E não é para menos, num piscar de olhos a pandemia do novo coronavírus tomou conta do planeta, deixando nítida a sensação de que "tudo o que é solido se desmancha no ar". Mas que lição podemos tirar de tudo isso? São muitas as lições, mas a maior delas passa pela importância de cuidar da própria saúde, para que não nos falte tempo para cuidar dela sob pena de precisarmos arranjar tempo para cuidar da doença. E isso implica, obrigatoriamente, em investir na prevenção. E se prevenir segue sendo o melhor remédio. O momento - Dia Nacional da Mamografia, celebrado em 5 de fevereiro - é oportuno para falar sobre os cuidados com a saúde da mulher, com especial atenção para a necessidade da realização de exames que possibilitam a detecção do câncer de mama, ainda em estágio inicial.

A pandemia tem afastado muitas pacientes dos consultórios e fazendo com que alguns exames sejam adiados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), só no período de abril e maio de 2020, houve queda de 75% nos exames de mamografia. Por se tratar de uma doença silenciosa, o diagnóstico precoce feito através da mamografia regular, salva vidas. Portanto, é preciso haver bom senso e orientação médica na hora de escolher quais exames adiar em função do coronavírus.

Embora falado de maneira mais rotineira, o autoexame é importante porque proporciona à mulher o autoconhecimento em relação ao próprio corpo, aumentando a percepção de alterações possíveis de complicações mamárias. No entanto, a mamografia deve ser incorporada ao rol de cuidados da saúde de toda mulher acima dos 40 anos, é o que recomenda a SBM. Já o Ministério da Saúde preconiza a realização do exame para a faixa etária entre os 50 e 69 anos, a cada dois anos.

"O exame não faz o diagnóstico de câncer mama, no entanto a imagem detecta, por meio da radiação, alterações precoces no local. É importante ressaltar que, quando mais cedo for identificado, maiores são as chances de cura, podendo chegar a 98%. Por isso, toda mulher precisa incluir na sua rotina de autocuidado, consultas regulares ao médico de sua confiança", orienta o médico Henrique Lima Couto, mastologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. O mastologista esclarece que a mamografia também pode ser indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar o diagnóstico, mas isso para os casos de nódulos palpáveis.

Fatores de risco e medidas preventivas

Além do conhecimento do próprio corpo, conhecer os fatores de risco e dos meios para o diagnóstico precoce são pontos importantes para o tratamento e cura do câncer de mama. Mas apenas isso não basta. "Mulheres acima de 50 anos, o histórico familiar, como parentes que já tiveram a doença, vida sedentária, consumo excessivo de álcool, tabagismo e hábitos alimentares inadequados são alguns dos fatores de risco", explica o mastologista. O contrário também é verdadeiro, ou seja, o estilo de vida, a manutenção de hábitos saudáveis e o conhecimento do próprio corpo também são medidas preventivas a serem consideradas. "É um conjunto de fatores interferindo no aparecimento da doença, a mamografia é mais um importante aliado para o diagnóstico precoce do câncer de mama e, consequentemente, a prevenção do adoecimento de milhares de mulheres pela neoplasia e todas as suas implicações, conclui.

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