O novo termo, assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo presidente da entidade, Edmundo Klotz, eleva para 16 o número de categorias de alimentos atingidas, que somadas representam 90% dos alimentos industrializados que mais contribuem com o consumo de sódio no país. "Nossa intenção é estimular e apostar na capacidade de inovação da indústria. Ela foi uma parceira nesse período para superar a meta de redução e já conseguimos retirar mais de 11 mil toneladas de sódio dos alimentos no país", diz o ministro.
Com a inclusão dos três novos grupos, a meta global do acordo passa a ser retirar 28 mil toneladas de sódio até 2020. Em vigor desde 2011, a estimativa é que os acordos tenham proporcionado a redução de 11,3 mil toneladas desse ingrediente inimigo de hipertensos, de produtos como bisnaguinhas, massas instantâneas, bolos prontos, biscoitos e caldos.
O sódio está presente no sal de cozinha e em produtos industrializados. Seu consumo em excesso está associado a uma série de doenças, sobretudo à hipertensão arterial. A doença atinge 24,3% dos brasileiros, segundo levantamento de 2012 da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas do Ministério da Saúde.
Excesso de consumo
Segundo a última Pesquisa do Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio obtido dos alimentos. A marca é mais que o dobro dos 5 gramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Se chegássemos ao consumo médio ideal, haveria forte impacto na qualidade de vida dos brasileiros e na redução das mortes atribuídas à hipertensão e às suas complicações, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.