Para quem quer começar a se aventurar nesse universo, os peixes da espécie beta são os mais recomendados, como informa Leonardo Boscoli, professor da Escola de Veterinária da UFMG. "O beta é ideal para aquários pequenos. Mas, ao contrário do que as pessoas pensam, eles podem ficar em aquários grandes. São muito resistentes a variações de temperatura e pH (nível de acidez) da água. Também conseguem sobreviver com baixos níveis de oxigênio”, explica.
Sobre a agressividade do beta com outros peixes da mesma espécie, o professor explica que não é recomendável criar dois machos no mesmo ambiente, ou deixar um casal num aquário pequeno. Para quem é iniciante, mas quer começar com aquários maiores, Boscoli esclarece que peixes japoneses são os ideais, pois também são resistentes e gostam de água fria. Outra vantagem dessas espécies é que não necessitam de aquecedores ou termostatos, e o sistema de filtragem pode ser simples, ou até mesmo ausente.
Com relação à alimentação, Leonardo Boscoli explica que é importante pesquisar sobre a qualidade da ração e a idoneidade do fabricante do alimento.
Curiosidades
Segundo o professor, existem cerca de 800 espécies que podem ser criadas em aquários, e algumas delas têm aspectos no mínimo curiosos. Confira:
- Os betas respiram o oxigênio tanto da água quanto do ar;
- Os kinguios não possuem estômago;
- A espécie mudskeeper pode sair da água para ganhar comida ou carinho;
- Garoupas gostam de ter seus dentes escovados por seu dono;
- Molinésias podem viver na água doce ou na salgada;
- Os peixes-papagaio formam um casulo de muco em volta do corpo todas as noites, para dormir;
- A espécie anjo rainha dorme de lado e parece estar morto ao amanhecer