A maior parte dessas espécies está exposta em sete jardins temáticos, definidos conforme suas características: Jardim de Folhagens, de Suculentas, de Bromélias, de Plantas Tóxicas e Medicinais, de Palmeiras, de Flores e Cores e Lago de Plantas Aquáticas. Também há quatro estufas implantadas onde estão plantas evolutivas, de mata atlântica, de caatinga e de campo rupestre. “Estas são as estruturas da área de visitação, que tem por objetivo a educação ambiental”, conta o presidente da fundação, Jorge Espeshit.
Espeshit é geógrafo e participou da implantação do Jardim Botânico, em 1997. Ele conta que o trabalho desenvolvido, atualmente de pesquisa e conscientização do público em geral, só foi possível com a transferência do espaço para a Pampulha. O embrião da instituição era localizado no bairro Betânia. Mas somente em 2001, quando parte das obras mais significativas foi concluída, o espaço foi aberto ao público. “Basicamente, a implantação do Jardim Botânico na área da fundação, que também é responsável pelo Parque Ecológico da Pampulha, teve papel decisivo na conservação da biodiversidade e na sensibilização das pessoas para a importância da conservação.
Segundo Espeshit, a visitação pode ser monitorada ou não, dependendo do objetivo. “Durante a semana, nosso público é basicamente de escolas. Por isso, contamos com monitores para acompanhar os estudantes. Nos fins de semana, só contamos com monitores nos espaços porque o público é o mesmo do zoológico.”
As áreas destinadas às pesquisas são preservadas, fechadas ao público. São jardins, segundo Espeshit, que têm como atribuição a conservação da biodiversidade. “São jardins com espécies da flora que são usadas em pesquisas científicas, plantas de coleções que, por algum motivo, foram retiradas da natureza e estão guardadas aqui. Elas são catalogadas. São plantas ameaçadas de extinção que precisam ser estudadas. Na verdade, essa é a missão.”
Para as pesquisas desenvolvidas no Jardim Botânico, a fundação conta com um corpo técnico de pesquisadores próprios e pesquisadores das universidades do estado (PUC, UFMG, UFLA, UFV) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Espeshit costuma dizer que para o sucesso de qualquer projeto, quanto mais instituições envolvidas melhor.
Frequentadora assídua dos espaços da Fundação Zoobotânica, a publicitária Miriam Barreto afirma que o Jardim Botânico é vital para a conservação das espécies. E reforça: “É um valioso espaço que possibilita uma experiência que a nossa ‘selva de pedras’ da cidade grande muitas vezes não permite. O contato com a natureza e toda a sua diversidade é enriquecedor, tanto para as crianças quanto para os pais e para o público em geral”.
A blogueira e também publicitária Flávia Pellegrini concorda com Miriam, mas sugere melhorias e investimento em mais programações direcionadas às crianças: “Elas se encantam e têm ali uma oportunidade de aprendizado. Faço parte de grupos maternos em redes sociais e tenho visto, constantemente, um comentário geral de que, ao visitar os espaços, os mesmos parecem abandonados, tristes.