“Elas prezam muito pelo conforto, e só depois se preocupam com o estilo e a cor. A gente achou que iriam preferir a aparência”, explica Cecy Nascimento, estudante de economia e gerente de projetos da UFMG Consultoria Jr. A empresa, formada por estudantes da federal, foi contratada por uma marca de lingerie para que fizessem um estudo de viabilidade econômica em Belo Horizonte. Para tanto, a Consultoria Jr realizou uma pesquisa com 120 belo-horizontinas, de 15 a 60 anos, para saber qual era o perfil de consumo de calcinhas e sutiãs na cidade.
Esse mercado, apesar de não ser tão comentado – ainda mais em Minas, estado considerado conservador –, está em alta. De 2008 para 2012 cresceu 40%, chegando a movimentar R$ 5 bilhões, segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial.
Ou seja, as mulheres, apesar de escolherem as peças mais confortáveis, ainda acreditam que calcinhas grandes e com a cor nude (da pele), são muito relacionadas a pessoas da terceira idade. “Percebemos que a preferência é pela modelagem média, ou seja, não é o fio dental nem as maiores”, completa a gerente da UFMG Consultoria Jr.
Apesar de 60% das entrevistadas terem repudiado o modelo fio dental, este é o preferido pelas mulheres entre 15 e 19 anos. Apenas 28% das belo-horizontinas que participaram da pesquisa disseram comprar os formatos mais ousados. E neste caso, estavam interessadas em usá-las em “momentos especiais”.
Portanto, não espere que sua namorada ou companheira saia até o comércio mais próximo pensando em adquirir uma lingerie especialmente para lhe agradar. “A mulher não vai até uma loja pensando em comprar uma calcinha de determinada cor, e sim, a que a faz se sentir bem”, diz Cecy Oliveira..