Qualquer pessoa pode se candidatar ao programa, como explica Alexandre Bueno, superintendente de tecnologia e alternativas energéticas da Cemig: "A partir da solicitação do cliente, é feito um estudo de viabilidade técnica. São avaliadas a capacidade da rede e a necessidade ou não de obras de reforço". A estatal faz a conexão da rede residencial com a rede principal e instala um medidor que irá calcular a energia produzida e a consumida. "O aparelho de medição é custeado pelo cliente. Um sistema corretamente calculado pode realmente zerar a conta de luz. Desta forma, o consumidor paga somente taxas como a de iluminação pública e alguns impostos", esclarece o superintendente.
De acordo com a Cemig, Minas Gerais possui 19 clientes que fornecem energia para a rede, e cerca de 50 solicitações em estudo. Um dos consumidores que aderiram ao programa de geração distribuída é o engenheiro mecânico Euler Cruz, que possui painéis fotovoltaicos (que transformam a energia solar em elétrica) instalados em sua casa no bairro Cidade Jardim, região centro-sul de Belo Horizonte.
Euler também possui em sua casa outros mecanismos que promovem a sustentabilidade, como um sistema de reaproveitamento da água da chuva, que é armazenada em um reservatório e utilizada, entre outras coisas, para a descarga nos banheiros e para irrigação de uma pequena horta.
Para saber mais sobre as regras de como se tornar um micro ou mini-gerador de energia, o consumidor pode consultar, na íntegra, a resolução 482 da Aneel, que estabelece as normas para o sistema de geração distribuída..