Segundo a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), a grande maioria desses profissionais se dedica exclusivamente ao esporte e, quando terminam a carreira, ficam desamparados financeiramente. Gabrilli diz que a mudança na legislação trará uma segurança aos atletas profissionais e, principalmente, aos não-profissionais, com relação a benefícios da seguridade social e da previdência. "Eles acabam ficando de fora e não tendo vínculo com a previdência, por não serem contribuintes. E isso tem que mudar", comenta.
Quem vem buscando apoio para a aprovação desse projeto é o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que já percorreu vários estados para angariar fundos na campanha de financiamento do tratamento de Laís Souza. O representante do COB, Marcos Vinícius Freire, diz que a mudança na legislação é o primeiro passo para amparar os atletas brasileiros: "Apesar de ser um momento ruim, é um momento que a gente consegue mexer em leis. É isso que estamos esperando". Ele lamentou o fato de que o assunto vem sendo discutido há mais de 120 dias desde o acidente, e "ainda não termos qualquer solução".
Para o presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve, Stefano Arnhold, faltam informações que auxiliem os atletas em casos de acidentes, e que somente um discussão mais ampla poderá ajudar no aprimoramento da legislação.
A audiência oficializou a criação do Projeto de Lei 7622/14, que determina a contratação de um seguro de vida aos atletas olímpicos e paraolímpicos, e que prevê também a assistência ao atleta não-profissional e aos que participam de competições nacionais e internacionais, e que ainda será analisado pelas comissões da Câmara..