O monumento é composto por uma ponte suspensa sobre um imenso espelho d’água, cujas extremidades representam de forma simbólica o Japão e Minas Gerais, separados geograficamente por um oceano, porém ligados em ideias e ideais. Ao centro, fica o pavilhão de arte contemporânea, uma sala pintada integralmente de vermelho, que estimula uma experiência sensorial. A cor foi escolhida por ser simbólica nas bandeiras do Japão e de Minas Gerais, além de servir como referência à cultura nipônica.
O acesso ao pavilhão de arte contemporânea é feito a partir de duas rampas que remetem às duas culturas. Uma rampa, cercada por ipês brancos, representa Minas Gerais, e outra, rodeada por cerejeiras, simboliza o Japão. Além de sua importância cultural, a concepção do Memorial da Imigração Japonesa é um exemplo de sustentabilidade, já que foi construído em um local formado por um acúmulo de sedimentos retirados do fundo da lagoa da Pampulha, assim como todo o parque ecológico.
A obra tem projeto arquitetônico de Gustavo Penna e Mariza Machado Coelho e a concepção artística da sala vermelha é de Paulo Pederneiras. O projeto foi uma iniciativa da Associação Mineira de Cultura Nipo-Brasileira, do consulado honorário do Japão em Belo Horizonte, da Fiemg, do governo de Minas e da prefeitura de Belo Horizonte. No total, foram investidos R$ 8 milhões, parte com o apoio da lei federal de incentivo à cultura.
No ano em que foi inaugurado, o memorial foi um dos vencedores do prêmio Gentileza Urbana, concebido pelo departamento de Minas Gerais do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG) em 1993, que tem como objetivo destacar as diversas intervenções nos campos da arquitetura, urbanismo e paisagismo, iniciativas estéticas ou utilitárias, atitudes e gestos voltados para a melhoria da qualidade da vida urbana..