"Não devemos nos colocar como uma terra arrasada.
Dunga disse, porém, que é preciso um trabalho de conscientização dos atletas, dos jornalistas e dos torcedores para que não se crie falsas expectativas em relação ao futebol nacional. "A camisa é respeitada e vai ser sempre respeitada. Mas eles tanto nos respeitam que querem ganhar de qualquer forma. E nós é que temos que estar preparados e ter a humildade de ser melhor a cada dia. Sermos mais compactos, trabalhar mais e ter mais comprometimento.
O técnico afirmou ainda que o futebol de hoje em dia não pode mais depender de ídolos, e que quem tem que criá-los são eles próprios, com seu desempenho em campo: "A gente não pode achar que vai encontrar um Pelé a toda hora. Ele é um mito. A gente não pode querer um Pelé a cada dia e criar um ídolo a cada dia. Um ícone a gente não cria, é ele que tem que ir conquistando espaço pela sua performance".
Um dos pontos que também foi comentado pelo técnico é sua relação com a imprensa, que sempre foi marcada por alguns atritos, especialmente em sua última gestão da seleção brasileira – ele assumiu o comando da equipe em 2006, após o mundial da Alemanha, e deixou o cargo em 2010. Dunga assumiu a culpa por esses desentendimentos e disse que aprendeu muito, e que está aberto a sugestões: "Estamos prontos para receber críticas e sugestões em prol da seleção brasileira". Sobre a resistência de parte da população à sua indicação, ele foi enfático: "As pesquisas estão aí para serem derrubadas e a única forma de fazer isso é apresentando um bom resultado".
(com Agência Brasil).