De acordo com o oftalmologista Renato Neves, em crianças e bebês, o exame da conjuntiva também deve incluir os linfonodos – responsáveis por combater a infecção. "É muito importante ter ciência dos ambientes frequentados pelo paciente, sendo informado, também, se há outros relatos da doença na família ou no ambiente escolar. Em determinados casos, também fazemos a cultura da lágrima para analisar a existência de bactérias e definir o tipo de antibiótico a ser prescrito".
Existem sete tipos de conjuntivite: neonatal, infecciosa, alérgica, irritativa, química, associada a outra doença de base e a seca. "A neonatal é a conjuntivite do recém-nascido, geralmente transmitida de mãe para filho no trabalho de parto. Neste caso, trata-se de um quadro grave e que exige tratamento urgente e rigoroso. Na maioria dos casos, a criança permanece internada até receber alta".
De acordo com o médico, o tipo mais comum da doença é a infecciosa, podendo ser causada por vírus ou bactérias.
Manifestações alérgicas como asma, eczema, rinite ou urticária, resultam num desequilíbrio entre agentes externos e resposta imunológica do organismo, o que leva ao surgimento da conjuntivite. O especialista adverte que poeira, fumaça e ar-condicionado podem desencadear a doença também.
Além disso, gota, disfunções da tireoide, psoríase, lúpus e artrite reumatoide, entre outras, também facilitam a ocorrência de conjuntivite.
"O tratamento da conjuntivite, tanto em crianças e bebês, como em adultos, depende do agente causador. Geralmente, compressas de água fria são recomendadas para aliviar a ardência e o mal-estar provocados pela irritação. TCasos graves exigem medicação via oral em conjunto com o alívio local. O paciente infectado tem de intensificar a higiene ocular, evitar contato com outras pessoas, lavar muito bem as mãos várias vezes ao dia e usar lenços e toalhas descartáveis. Os pais devem cuidar para que as crianças não fiquem coçando os olhos durante o tratamento", adverte Renato Neves..