Segundo o periódico “Breast Cancer Research” sobre o chamado “Efeito Angelina”, pesquisadores estudaram 21 clínicas e centros genéticos na Inglaterra e descobriram 4.847 referências para o teste entre junho e julho de 2013, frente a 1.981 no mesmo período de 2012. Para o oncologista e presidente do conselho administrativo da rede Oncoclínicas do Brasil, Bruno Ferrari, além da prevenção, o teste serve para identificar os diferentes tumores de câncer de mama. “Esse exame permite ao médico individualizar o tratamento e prescrever as drogas mais adequadas, levando em consideração o tipo, o desenvolvimento e a agressividade do tumor, bem como o estágio o qual se encontra”, salienta.
Ainda segundo o médico, o alerta de Angelina Jolie para esse tipo de exame também fez cair o custo, de R$ 14 mil para cerca de R$ 5 mil.
A coordenadora de projetos, Ivone de Araújo, de 43 anos, já passou pelo processo de avaliação e irá fazer o exame que busca mutação genética. Em novembro passado, ela descobriu dois pequenos nódulos no seio esquerdo e a mastectomia foi realizada. “Como eu tenho que fazer a reconstrução do seio esquerdo, consultei minha mastologista para verificar a necessidade da retirada do outro seio. Dependendo do resultado vou retirar a outra mama e reconstruí-las”, conta.
Ivone, mãe de duas meninas, de 9 e 6 anos leu as entrevistas de Angelina Jolie e se identificou com a atriz, que tem seis filhos, todos menores. “Ela disse uma vez que não vai ser por causa de câncer que os filhos vão sofrer sua ausência. E penso o mesmo para as minhas filhas”, afirma.
Os exames da atriz apontaram que ela tinha 87% de risco de desenvolver o câncer de mama por causa da mutação genética. Também apresentava 50% de chances de ter um câncer de ovário.