Revista Encontro

Cidades

Comunidade cigana de BH pode virar patrimônio

O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural da capital mineira acolheu pedido de reconhecimento dessa antiga cultura como herança imaterial de nossa cidade

João Paulo Martins
Em reunião realizada pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte nesta quarta (15/8), foi aprovada a abertura do processo de registro imaterial da cultura cigana na capital mineira.
O pedido pedido, originado pela própria comunidade de ciganos da cidade, foi aceito pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.

Além do reconhecimento da cultura cigana como patrimônio, os acampamentos da comunidade nos bairros Céu Azul, Lagoa, São Gabriel e Belmonte serão transformados em pontos de referência dessa população nômade que chegou ao Brasil em meados do século XVI – o país conta com 800 mil ciganos, e destes, 419 mil estão em Minas Gerais.

Em Belo Horizonte, a comunidade cigana kalon está instalada no bairro São Gabriel, região nordeste, há mais de 30 anos. Dentro desse espaço – e entre si –, eles se comunicam no dialeto chibi, que é ensinado às crianças desde cedo. Além disso, eles mantêm a tradição histórica de suas crenças, danças e cantos. Em dezembro de 2013 eles ganharam o direito ao terreno em que se encontram, com quase 22 mil m² e que pertencia à extinta Rede Ferroviária Federal. .