Revista Encontro

Meio ambiente

Parque Estadual do Rio Preto enfrenta problema com o lixo

Desta vez, não estamos falando de degradação ambiental, e sim, de falta de infraestrutura: a área de preservação do norte de Minas está sem veículos para ajudar na retirada dos resíduos deixados por turistas

Enquanto algumas áreas de preservação em Minas sofreram com as queimadas do início de outubro, p Parque Estadual do Rio Preto, que fica no município de São Gonçalo do Rio Preto, a 60 km de Diamantina – e esta fica a 298 km de Belo Horizonte –, está sofrendo com a falta de estrutura para a remoção do lixo gerado pelos turistas.
Atualmente, o parque conta com apenas quatro veículos: um Fiat Uno, um Fusca, uma van e uma caminhonete. Todos com muito tempo de uso e em estado de conservação precário.

O pior é que após o uso intenso dos veículos no combate aos focos de incêndio no início do mês, a van e a caminhonete pararam de funcionar e, segundo o gerente do parque, Antônio Augusto de Almeida, ainda não há previsão de quando serão consertados. A área de preservação fica a 19 km da sede do município e o lixo é levado até lá pelos próprios funcionários.

O Parque do Rio Preto recebe mais de 600 turistas todo mês, e é uma alternativa de lazer para grande parte da população que vive na região. Além, claro, de atrair outros visitantes do estado e também de fora. O destaque são seus atrativos naturais, composto pelas águas límpidas do rio Preto, por cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego.

A Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) enviou um ofício ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) e à secretaria de estado de Meio Ambiente, solicitando a resolução do impasse ou o fechamento da área para visitação pública. "Será vergonhoso manter o parque aberto com lixo acumulado.
A situação reflete o descaso do governo com as áreas legalmente protegidas. Os veículos prometidos na reunião plenária do Copam de 10 de julho deste ano, até hoje, não foram entregues", critica Dalce Ricas, superintendente da Amda.

O diretor de Áreas Protegidas do IEF, Henri Collet, em resposta ao ofício enviado pela Amda, solicitou ao chefe regional do escritório regional de Floresta e Biodiversidade Alto Jequitinhonha, Silvio Henrique Cruz de Vilhena, que seja providenciada a retirada urgente de lixo depositado no Parque Rio Preto. A boa notícia é que isso já foi providenciado: um caminhão baú foi enviado à área de preservação para resolver temporariamente o problema.

Em nota enviada à Encontro, a secretaria de estado de Meio Ambiente informa que o processo licitatório para aluguel de 70 veículos para as unidades de conservação estaduais está em fase final. "A previsão é que os carros sejam entregues até o dia 13 de novembro, e entre os beneficiários da nova frota está o Parque Estadual do Rio Preto.  Enquanto isso, a direção do Parque já está providenciando a limpeza das lixeiras localizadas na área de maior acesso de turistas", diz a mensagem oficial. 
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