Praticamente a metade (49,9%) do pavimento das rodovias brasileiras apresenta algum tipo de deficiência.
Nesse último ano, aumentou o número de pontos críticos, passando de 250 (em 2013) para 289 (em 2014). Quedas de barreira, pontes caídas, erosões na pista e buracos grandes são considerados pontos críticos. "A situação do sistema rodoviário brasileiro continua grave, comprometendo a segurança das pessoas, tanto de motoristas, como de passageiros e pedestres. É cada vez maior o número de mortes e de acidentes.
Em 2013, 8.551 pessoas morreram em cerca de 186 mil acidentes nas rodovias federais do país. "As condições gerais ruins das rodovias aumentam os riscos e muitas vidas poderiam ser poupadas, caso as rodovias oferecessem uma melhor infraestrutura. Com certeza, seriam 90 mil acidentes a menos e 4.000 mortes a menos", completa Clésio.
Além do risco à vida das pessoas, os problemas nas rodovias "contribuem para aumentar os custos de operação e o tempo de viagem, afetando tanto o transporte de cargas como o de passageiros", como explica o presidente da CNT. De acordo com o estudo, o acréscimo médio do custo operacional devido à qualidade do pavimento das rodovias brasileiras é de 26%. Se considerar a região Norte, onde há ainda maiores deficiências na malha, esse índice sobe para 37,6%.
Nem o sudeste, região mais rica do país e com o maior número de rodovias (47.370 km), foge à regra. Segundo a CNT, 44,3% das vias dos quatro estados se encontram na condição ruim ou péssima. E o maior problema é a geometria, ou seja, a distância que o motorista tem da extensão da pista, bem como a velocidade máxima que ela prevê.
Em Minas Gerais, que possui a maior malha rodoviária no país, com 21.972 km, é cortada por 10.818 km de rodovias federais, que se encontram, em sua maioria, numa situação considerada regular. É o caso de importantes vias, como a BR-040, a BR-116, a BR-262, a BR-356 e a BR-381.
Confira abaixo a situação de cada rodovia federal que passa por Minas:
Nas tabelas abaixo podemos conferir as condições gerais da malha rodoviária brasileira, avaliada pela CNT: