Revista Encontro

Saúde

Sabia que é possível detectar drogas e medicamentos por meio do fio de cabelo?

Os pelos do corpo "guardam" a informação do uso de narcóticos, incluindo o período em que foram usados

Da redação com assessorias
Você sabia que as substâncias que ingerimos se depositam no cabelo de várias maneiras, principalmente pela corrente sanguínea, ou então pela transpiração e oleosidade da pele? Isso acontece por que cada folículo capilar tem seu próprio suprimento de sangue e, à medida que cresce, drogas, medicamentos e metabólitos são incorporados na porção interna do fio, conhecida como córtex e lá permanecem fixas.

Dessa forma, a análise de cabelo determina a presença de vestígios de drogas, localizadas no interior de seus fios.
Assim como o pelo corporal, ele cresce, aproximadamente, um centímetro por mês, o que significa que uma amostra de três centímetros representa um período de aproximadamente três meses. "Conforme o cabelo cresce e, se novas doses forem ingeridas, ele passa a funcionar como uma caixa preta, que registra a história de consumo (ou abstinência) de drogas. Este atributo faz com que o principal benefício da análise seja mostrar uma tendência do hábito de uso de narcóticos", explica a farmacêutica Cristina Pisaneschi.

Mesmo quem é careca pode passar pelo exame de cabelo (queratina). Ele pode ser feito com amostras de pelos de qualquer parte do corpo, como por exemplo, da perna, braço, axila e peito. Porém, o cálculo do período de detecção para amostra desse tipo de material é diferente do cabelo, devido à sua fisiologia. O período de detecção do pelo é de duas a três vezes maior do que o cabelo. Por exemplo, para uma amostra ser representativa a um período aproximado de um ano, ela teria que ter pelo menos, 12 cm de comprimento para cabelo e 4 cm de comprimento para pelo.

De acordo com Cristina Pisaneschi, várias substâncias podem ser detectadas nos testes, dentre elas: anfetaminas, metanfetaminas, MDMA (ecstasy), benzodiazepínicos (clonazepam, diazepam, lorazepam etc); canabinóides (maconha - THC e metabólitos); cocaína (e seus metabólitos), crack; opiáceos e opióides (codeína, heroína, morfina, fentanil etc); hipnóticos e sedativos (zopiclone e zolpidem); LSD, metadona, PCP (fenciclidina), tramadol e quetamina..