Foram verificadas a estrutura das informações (data de fabricação ou expiração, de publicação das instruções, sequência cronológica de uso, entre outros); estruturação da escrita (instruções sobre segurança, explicações de termos técnicos indispensáveis); legibilidade da informação (formatação da letra, contraste); e princípios genéricos (instruções que permitam o uso correto do produto, fornecer mensagens sobre o meio ambiente). Treze marcas tiveram os manuais de seus kit's classificados como regular e duas como satisfatório. Nenhum produto teve o manual considerado insatisfatório.
"Os resultados demonstram o quanto saber usar o equipamento é importante para quem precisa testar diariamente o nível de açúcar no sangue. Além de evidenciar que o usuário deve buscar o máximo de conhecimento sobre o aparelho e seus respectivos acessórios, que podem ser vendidos separadamente, para evitar possíveis erros na hora de medir a glicose", destaca André Luis Santos, chefe da Divisão de Orientação e Incentivo à Qualidade do Inmetro.
Para a análise, o instituto contou com o laboratório Interface, do centro de Ciências Humanas, Letras e Artes do departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, que desenvolveu uma pesquisa com 75 voluntários, divididos entre portadores e não portadores de diabetes. "Os pacientes mostraram muitas dificuldades, enfrentando obstáculos para executar desde tarefas simples, desde conferir os itens da embalagem até as mais complexas, como medir, monitorar e comparar os índices glicêmicos", afirma André Luis.
O descarte do produto foi o item com o desempenho mais preocupante: nove glicosímetros não indicavam no manual como realizar esse procedimento.
Diante das análises, o instituto encaminhou para os fabricantes os resultados, que reconheceram a importância e se comprometeram a elaborar propostas de melhoria para os manuais dos glicosímetros e seus acessórios por meio do plano de ações solicitado pela Anvisa, órgão regulamentador do produto..