Segundo a ortodontista Natalia Valarini, o momento certo para colocar o aparelho é entre os 6 e 7 anos de idade, período em que há o irrompimento do primeiro molar permanente – dente que fica na parte de trás da boca e não é substituído por nenhum outro –, e da troca dos incisivos (dentes da frente). Neste momento, é interessante a criança ser avaliada por um dentista, que irá constatar se há necessidade de utilizar algum tipo de aparelho corretivo.
Entre as opções existentes no mercado, os mais comuns são os do tipo móveis, que o paciente consegue remover sozinho da boca, e os fixos, ficam presos nos dentes por meio de materiais específicos e que só podem ser removidos pelo ortodontista. É importante ressaltar que a escolha do aparelho cabe exclusivamente ao especialista.
Os aparelhos móveis podem atuar como alinhadores de dentes para casos onde pequenas movimentações são exigidas. Também podem auxiliar na contenção de dentes, reposicionamento de mandíbula e de língua, entre outras funções. Entretanto, estes aparelhos apresentam a desvantagem de contar com a colaboração do uso correto por parte do paciente.
Por sua vez, os aparelhos fixos são os tipos mais comuns e podem ser metálicos ou estéticos, confeccionados com materiais transparentes, como a cerâmica ou a safira. São compostos por bráquetes, fios ortodônticos e bandas, e exigem que o usuário passe por uma manutenção mensal para que os movimentos consigam ser realizados com o máximo de precisão. Vale ressaltar que, na maioria dos casos, os pacientes acabam utilizando mais de um tipo de aparelho ao longo do tratamento.
"O tratamento ortodôntico de crianças que estão na fase da dentição mista, quando há a presença de dentes de leite e permanentes, normalmente é dividido em duas fases.
Para evitar o uso de aparelhos ortodônticos, a especialista lembra que durante a infância é importante que os hábitos como sucção dos dedos e de chupeta, bem como o uso de mamadeiras, sejam removidos até os três anos de idade. A persistência no uso desses objetos, por um longo período, pode acarretar na má-oclusão – não há um encaixe correto das mandíbulas. Por isso, é interessante o acompanhamento de um profissional desde a infância, para que a saúde bucal seja avaliada constantemente..