A consequência da fraude, segundo o representante da CDL, é o afastamento de clientes das regiões comerciais da capital mineira, justamente por não conseguirem estacionar seus veículos. Ainda de acordo com Marco Antônio Gaspar, os guardadores recebem um valor pago pelos motoristas para "renovar" os talões faixa azul quando estão vencendo, ou até mesmo colocar o comprovante do estacionamento rotativo nos carros somente quando a Guarda Municipal é avistada.
O esquema permite que os veículos permaneçam nas vagas durante várias horas e até mesmo um dia inteiro, anulando a ideia de rotatividade desses locais. "Esse problema ocorre tanto com os flanelinhas ilegais quanto com os credenciados pela prefeitura de Belo Horizonte. Portanto, é necessária uma fiscalização mais rigorosa da atividade dos guardadores de carros", analisa Marco Antônio Gaspar.
A secretaria municipal de Serviços Urbanos (SMSU) da PBH, informou, por meio de nota, que promove ações conjuntas com a Polícia Militar para coibir a atuação de flanelinhas ilegais. Ainda segundo a SMSU, a fiscalização visa também não permitir que guardadores credenciados cometam irregularidades.
De acordo com o órgão, os lavadores de carros autorizados podem negociar com os motoristas o valor a ser cobrado pela limpeza do veículo, mas não podem cobrar pelo estacionamento. Já os guardadores credenciados não podem estipular preço para realizar a atividade, sendo facultativo o pagamento de qualquer quantia por parte dos motoristas..