Com base nos dados mais recentes do Ministério das Cidades, especificamente do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, de 2013, a pesquisa mostra também que as perdas de água equivalem a mais de R$ 8 bilhões ao ano e corresponde a cerca de 80% dos investimentos de água e esgoto realizados naquele período.
O índice de perdas de faturamento avalia o nível de água que não foi faturada pelos sistemas de abastecimento do país, que é desperdiçada na tubulação ou utilizada de forma irregular por ligações clandestinas. Em 2013, a média foi de 39,07%.
De acordo com a entidade, a região Norte tem o percentual mais elevado de perda de faturamento, com a média de 60,6%. Já a região com índice mais baixo é a Sul, com 34,7%.
Se comparado aos dados de 2004, o estudo mostra que a perda de faturamento evoluiu pouco, de 42,2% para os 39,1% de 2013. Para o Instituto Trata Brasil, se nos próximos cinco anos houver uma queda de 15% nas perdas no país – ou seja, de 39% para 24% –, os ganhos totais acumulados em relação ao ano inicial seriam de R$ 3,85 bilhões.
"Precisamos ter uma consciência melhor em como lidar com os recursos naturais. As autoridades, os executivos e a população em geral têm se adequar e entender que com a condição de chuvas dos últimos anos, estamos vivendo um novo ciclo e não uma crise hídrica", comenta o climatologista Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia..