Segundo a psicóloga Dineia Domingues, do laboratório de Psicologia e Educação da PUC Minas, o jogo praticado de forma adequada pode ser positivo para a criança. "Certamente jogar é uma experiência muito interessante, gera desafios, mobiliza emoções e traz agregação social", explica. O problema é quando o game se torna uma dependência.
Para a especialista, não existe um tempo limite considerado saudável para a criança ou jovem passar jogando. Ela considera que os casos devem ser estudados separadamente e depende de cada família. "Cabe ao pai e à mãe chamar o filho para conversar, forjar o encontro, compartilhar o que pode ser bom para ele. Possivelmente, pais e filhos encontrarão brechas para apreciar outros jogos além dos eletrônicos, pelo lazer, convívio e bem-estar", diz.
Alguns pais desesperados optam por fiscalizar e até tirar os aparelhos eletrônicos do filho. Segundo Dineia Domingues, a melhor alternativa está no diálogo. "Os responsáveis precisam acompanhar a criança e o adolescente, estar presentes. A conversa é muito importante, eu não considero o termo 'fiscalizar' correto. É importante também ouvir os filhos sobre o que pensam e o que experimentam por causa dos jogos", destaca.
Aos garotos que não conseguem abandonar os games, é preciso estar atentos, pois a dependência pode comprometer a socialização dos viciados. Estudos comprovam que o excesso de tempo no mundo virtual pode desencadear ansiedade, depressão e isolamento da sociedade..