"A carona remunerada, neste caso, de carona não tem nada. É mentira. Isso que fazem é serviço de táxi. A carona compartilhada não tem problema nenhum. As pessoas se juntam num mesmo carro e seguem para um destino em comum", reclama Edmilson Americano, presidente da Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi).
Na quarta-feira dia 8 de abril, taxistas fizeram uma manifestação contra o "transporte irregular de passageiros". "Nenhum carro particular que não seja licenciado pelo Detran pode transportar passageiros de forma remunerada. O Código de Trânsito Brasileiro já proíbe isso.
O Uber está presente em 40 países e em mais de 160 cidades. Porém, não foi apenas no Brasil que ele encontrou barreiras para ser implantado de forma legal. Em dezembro do ano passado, o aplicativo foi proibido na Espanha, por decisão judicial, e, desde então, não fornece mais o serviço de carona remunerada para os espanhóis. Ele também já está fora de ação na Bélgica, na Holanda, na Tailândia e, desde janeiro deste ano, também na França.
"Não somos contra aplicativos de carona compartilhada, sem fins lucrativos, já que isso é bom para a mobilidade urbana. Também não somos contra aplicativos que trabalham dentro da legalidade, como de serviço de táxis e de contratação de serviço de ônibus. Nós somos, na verdade, em favor do cumprimento da lei", completa Edmilson Americano.
Por enquanto, em Belo Horizonte, o Uber continua funcionando, e, segundo os representantes do aplicativo, aguarda a regulamentação desse serviço, já que foge da lógica do sistema de táxi, que é coordenado pela BHTrans..