"O astigmatismo é uma imperfeição no formato da curvatura da córnea, que é a lente abaulada e transparente que protege a íris e a pupila, e ainda permite a entrada de luz para a formação das imagens. Enquanto uma córnea normal é arredondada por igual, permitindo focar todos os raios de luz na retina e formar imagens nítidas, uma córnea imperfeita não deixará a luz entrar homogeneamente, resultando em distorções e borrões na imagem final. No caso das crianças e adolescentes que coçam demais os olhos, impondo força nas pálpebras, a córnea pode vir a sofrer alterações no formato", diz o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.
Neves explica que, geralmente, o astigmatismo é hereditário e costuma estar presente nos casos de miopia (dificuldade para enxergar ao longe) e hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto). Mas também é muito comum surgir logo após um acidente ou uma bolada forte nos olhos. Em casos graves de pacientes que sofrem de dermatite, rinite, asma brônquica e febre do feno (reação alérgica ao pólen das plantas), a alteração no formato da córnea pode resultar em ceratocone – com baixa acentuada da acuidade visual.
"O tratamento do astigmatismo consiste, primeiramente, em detectar que parte da curvatura da córnea está causando problemas de visão e seguir com um tratamento personalizado. Isso inclui desde o uso de lentes corretivas até cirurgia.