Conhecido como Zé do Pedal, o mineiro, que também é aventureiro, ambientalista, ciclista, fotógrafo e humanista, começou sua peregrinação no dia 10 de fevereiro deste ano e a meta é que chegue ao Chuí em agosto. Durante o percurso, Zé faz questão de transmitir às pessoas a necessidade de se respeitar o próximo, especialmente as pessoas que tenham perdido a capacidade motora. Segundo ele, o sacrifício de um cadeirante ou usuário de muleta cruzar uma rua é maior do que uma pessoa sã percorrer o país de norte a sul.
José Castro explica que a ideia de criar o projeto Cruzada pela Acessibilidade surgiu em junho de 2008, quando, ao passar pela cidade de León, que fica na França e faz parte do caminho de Santiago de Compostela, viu uma jovem numa cadeira de rodas tentando subir uma rampa que possuía um pequeno degrau. Com a ajuda de outras pessoas, ela conseguiu seu intento, mas a privação da liberdade, aliada à dependência da boa vontade alheia, tocou o coração do aventureiro. "As barreiras naturais são obstáculos para todos. Porém, as arquitetônicas, instaladas em concretos nas calçadas, edificações e ruas de cidades são obras do homem. Se o homem consegue interferir nas obras de Deus, porque não interferir nas 'fabricadas por ele', o homem?", argumenta o ativista.
De acordo com o "andarilho" mineiro, o projeto tem como principal objetivo entregar nas câmaras municipais das cidades visitadas, uma proposta para se criar projetos com normas de acessibilidade e para a implantação de conselhos municipais dos direitos da pessoa com deficiência.