"Uma comissão foi criada no Senado Federal e na Câmara dos Deputados para que um grupo de parlamentares brasileiros, de oposição e de situação, possam in loco, estar na Venezuela e cumprir um papel que deveria estar sendo cumprido pelo governo brasileiro", afirma Aécio Neves.
A convite de Aécio Neves e Aloysio Nunes, presidente da Comissão de Relações Exteriores no Senado, Mitzy Ledezma e Lilian López, mulheres de Antônio Ledezma e Leopoldo López, presos pelo governo de Maduro, estiveram em Brasília para relatar a situação vivida pelos venezuelanos diante da violação de liberdades democráticas e de uma grave crise econômica que atinge o país.
Aécio Neves voltou a cobrar o fim do silêncio do Brasil em relação aos "abusos" cometidos pelo governo Nicolás Maduro. O senador comenta que a omissão da presidente Dilma Rousseff é "vergonhosa" e representa um "retrocesso" do Brasil na defesa da democracia, das liberdades e dos direitos humanos na América Latina.
"A omissão do governo brasileiro em relação à escalada do autoritarismo na Venezuela é vergonhosa. Nos atinge a todos, enquanto cidadãos que somos, e democratas que devemos permanentemente ser. O que queremos é que, em primeiro lugar, as regras democráticas do Mercosul sejam respeitadas pela Venezuela e, se o governo brasileiro se omite por relações ideológicas, ou sei lá de qual natureza, inaceitáveis, cabe às demais forças políticas ocupar esse vácuo", afirma Aécio Neves.
O senador lembra ainda que a presidente Dilma Rousseff foi um dos presos políticos da ditadura no Brasil. "Um país como o Brasil que tem como presidente da república uma ex-presa política não pode se calar quando assiste no país vizinho, um governo manter quase 90 presos políticos. É hora de o governo agir conforme espera a grande maioria dos brasileiros em defesa da democracia na Venezuela. É uma omissão inaceitável", critica Aécio Neves..