A motivação para a história se deu no fim de abril deste ano, quando o pequeno Arthur, de 4 anos, chegou da escola chateado porque outra criança havia falado que "ele parecia uma menina" devido às unhas coloridas. Segundo Thiago, o enteado é apaixonado por cores e sempre que vê a mãe pintando as unhas, tem vontade de fazer o mesmo. Assim que soube do bullying, o padastro entrou na "onda" do menino e passou a levá-lo e buscá-lo na escola com as unhas pintadas pelo próprio enteado. "Ele é uma criança, não sabe sobre preconceitos; não ensinamos isso em casa", desabafa Thiago Moreira nas redes sociais.
Coragem
Para a psicóloga clínica Martha Elizabeth, a atitude de Thiago foi corajosa e merece destaque. "É um absurdo a postura preconceituosa contra a criança.
O pai biológico de Arthur, Luiz Ernesto, que mora em Santa Catarina, apoia a decisão de Thiago. "Eu assino embaixo e quero que alguém venha falar algo sobre o Arthur, sobre a mãe dele e sobre o novo pai dele", escreve em seu perfil do Facebook. De acordo com a psicóloga Débora Galvani, o amparo da família contribui para desmistificar um preconceito. "No Brasil, é consenso que homem não pode pintar as unhas. Mas, quem determina isso? Uma criança de 4 anos ter as unhas coloridas não é definição de sua sexualidade", aponta Galvani..