No momento em que os parlamentares pediam intervenções para que discutissem a Medida Provisória 665, que aumenta o rigor para a concessão de benefícios como o seguro-desemprego, a deputada disse ter sido agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP). Logo depois, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) disse, em referência a Jandira: "Quem bate como homem deve apanhar como homem".
"A política fica menor – com p minúsculo – quando é praticada com base no sexismo e no machismo", comenta a presidente Dilma. Mencionando o perfil da deputada no Twitter, ela diz: "você só engrandece a luta das mulheres na política brasileira. Avante, com força e fé". E utilizou a hashtag #JandiraMeRepresenta.
Após o ocorrido, a deputada se manifestou, pelo Facebook, dizendo que irá acionar judicialmente Alberto Fraga pela "apologia inaceitável" à violência. "Esta medida já está sendo encaminhada. Minha trajetória é reta, ética e coerente dentro da política desde quando me tornei uma pessoa pública, na década de 80.
Também posteriormente às discussões, Alberto Fraga disse que utilizou a expressão "apanhar no sentido político, no debate das ideias". "Reafirmo uma postura que tem permeado minha vida pública e privada: não defendo e jamais defendi a violência contra a mulher ou contra qualquer pessoa", explica o parlamentar.
Roberto Freire, igualmente por meio do Facebook, disse que o contato físico ocorreu durante "ríspido embate verbal" e em meio ao seu pronunciamento. "A deputada Jandira Feghali tentou me impedir de continuar falando, colocando sua mão à frente do meu rosto. Segurei seu braço, para que meu direito de me expressar não fosse cerceado. Se o fiz com força acima do aceitável, pedi de imediato desculpas a ela, inclusive da tribuna da Câmara", explica Freire.
(com Agência Brasil) .