Para a farmacêutica Lenise Garcia, doutora em Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo, a saúde da família é importante para garantir a saúde do estado.
A professora afirma que o projeto fortalece a instituição familiar como a principal protetora dos indivíduos. Segundo ela, a proposta ajuda a garantir que as políticas públicas de base sejam centradas na família. "A grande contribuição do estado vem em fazer parcerias com a família", declara Lenise. Ela defende também a maior atenção às crianças e aos idosos.
Quem também concorda com o polêmico estatuto é a diretora do Centro Interdisciplinar de Estudos em Bioética do Hospital São Francisco de Assis, de Jacareí (SP), Elizabeth Cerqueira. Para ela, o estado beneficia juridicamente o casamento heterossexual porque isso ajuda a perpetuar a nação e a fortalecer a sociedade. "E isso é, evidentemente, o interesse do estado: perpetuar a nação", afirma a médica.
Em prol da "família"
Para o deputado Alan Rick (PRB-AC), há uma inversão de valores na sociedade, que negam a família como célula-mãe da sociedade. "Há uma tentativa de se estabelecer um novo conceito de identidade física, biológica, psicossocial nas nossas crianças com objetivo de criar novas gerações com essa mentalidade", comenta o parlamentar, em relação à definição de gênero.
Segundo a proposta, que é de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), família é o "núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento, união estável ou comunidade formada pelos pais e seus descendentes".
(com Agência Câmara).