Um dos colíderes da força-tarefa do estudo, Gilberto Lopes, do Centro Paulista de Oncologia do Grupo Oncoclínicas do Brasil, ressalta que esta foi a maior inclusão de medicamentos desde a criação da lista, em 1977. "Ficamos muito contentes que a OMS aprovou 16 das 22 drogas que sugerimos. Elas têm impacto significativo na sobrevida e, muitas vezes, na qualidade de vida dos pacientes", informa Lopes. "Ela inclui alguns medicamentos que já são genéricos, mas também de alguns de alto custo, como o trastuzumab, o imatinib e o rituximab, que são usados para tratamento de câncer de mama, mieloide crônica e linfoma, respectivamente", completa o médico.
O oncologista lembra que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vários dos medicamentos recém incluídos na lista, mas alguns são restritos a tratamentos específicos. Ele cita como exemplo o trastuzumab, que está aprovado no SUS somente para o tratamento adjuvante, que é posterior à cirurgia, para prevenir que a doença volte.
"A lista da OMS agora também inclui a droga para o tratamento de pacientes com a doença mais avançada, metastática, para que elas vivam melhor e por mais tempo. Essa é uma das novidades da lista deste ano, incluímos não só os remédios, mas também as indicações para as quais eles são considerados essenciais", explica Gilberto Lopes.
(com Agência Brasil).