A pesquisa do SPC Brasil revela que 69% dos brasileiros já compraram produtos não originais, principalmente roupas (39%), calçados (22%) e eletrônicos (17%). Em números absolutos, isso representa que 45,3 milhões de pessoas já adquiriram réplicas ou produtos falsificados. Os itens mais comercializados são roupas, acessórios e calçados, e o público que mais compra é jovem, pertence à classe C e possui menor escolaridade.
Foi identificado na pesquisa que praticamente metade (49%) dos usuários de produtos não originais ou piratas esconde a realidade da compra – principalmente pessoas com até 55 anos, pertencentes à classe C e de menor escolaridade. Desses, 24% ficariam muito constrangidas caso alguém descobrisse.
De acordo com os dados levantados, a principal justificativa para a compra de piratas é o preço mais baixo. Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, o valor bem inferior ao de um produto original é o que facilita o acesso de pessoas com ao universo do luxo. A pesquisa revela: oito em cada dez consumidores de falsificados ou réplicas (83%) comprariam os produtos originais, se pudessem.
"Para quem tem recursos financeiros inferiores aos valores dos produtos de luxo, a compra de falsificados é um dos mecanismos encontrados para inserir-se no mercado de marcas famosas", diz a especialista.
Metodologia
A pesquisa foi realizada nas 27 capitais brasileiras, com 945 pessoas de idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, das classes A, B e C e com renda própria. O estudo foif eito via web e pós-ponderada, entre os dias 23 de fevereiro e 3 de março de 2015.
(com assessoria SPC Brasil).