Berry elogiou os serviços prestados por entidades em São Paulo na área de educação e oportunidades de emprego a membros da comunidade que sofreram violência e discriminação.
Porém, segundo ele, os desafios brasileiros também são muito parecidos com os dos Estados Unidos. "Acho que todos os países ainda têm muito que evoluir nessa questão. O mesmo vale para os Estados Unidos. Lá, por exemplo, o número de casos de violência contra membros da comunidade transexual também é significativamente maior do que contra outros membros da comunidade", comentou Berry, que aposta na educação como solução para o problema.
A criminalização da homofobia não é, segundo ele, a melhor opção. "A experiência norte-americana em estratégias legais têm sido no sentido de criminalizar ações de ódio, discursos de apologia à violência. A liberdade de expressão também é um direito muito caro para nós, então achamos que educação é a chave para o problema.
Em São Paulo, ele conheceu e ouviu relatos de organizações em prol da causa e dos Direitos Humanos, e participou da Parada Gay. "Nunca vivi nada igual. Foi provavelmente a maior multidão que já vi, e achei que tinha uma energia incrível", comenta o representante do governo americano.
Berry não viu a performance da transexual seminua presa a um crucifixo durante a parada, que gerou polêmica nas redes sociais, mas defende que aqui, como em seu país, as pessoas tenham o direito de se expressarem. "Contanto que não promovam a violência, e não prejudiquem ninguém", comenta.
(com Agência Brasil).