Revista Encontro

Saúde

Sabia que a azia pode estar ligada à obesidade?

Segundo especialista, o sobrepeso faz com que o estômago seja contraído, induzido o ácido gástrico a 'invadir' o esôfago e a garganta

Da redação com assessorias
Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada este ano revela que o índice de brasileiros acima de peso é de 52,5%, ou seja, mais da metade da população brasileira e, destes, 17,9% são obesos.
Esse aumento do número de pessoas com sobrepeso no país, nos últimos anos, gera também o crescimento da quantidade de pacientes afetados pelo refluxo esofágico, conhecida popularmente como azia.

A doença ocorre quando há o abuso do consumo de alguns tipos de bebidas ou alimentos. Um estudo recente comprovou que a probabilidade de uma pessoa contrair azia é 50% maior nos pacientes que têm excesso de peso. Segundo o médico Bruno Sander, especialista em endoscopia digestiva, essa relação existe porque ao comer em demasia, gera-se um aumento da pressão no estômago, ocasionando o aparecimento do refluxo esofágico. "O excesso de gordura corporal, em particular na zona do abdômen, aumenta a pressão nessa região, o que por sua vez vai causar um aumento na pressão no estômago. Isso acaba empurrando o músculo do esfíncter entre o estômago e o esôfago, forçando-o a se abrir", explica o especialista.

De acordo com o médico, a azia pode aparecer em pessoas de qualquer idade, como uma queixa isolada ou eventual. "A causa básica dela é o refluxo de material ácido proveniente do estômago, ou seja, quando o conteúdo gástrico acaba afetando o esôfago e a garganta. Ela também ocorre em algumas situações quando a acidez é muito grande ou a proteção gástrica é ineficiente.
Porém, quando ela é constante, pode ser sintoma de algumas doenças do aparelho digestivo", alerta Bruno Sander.

Tratamento e prevenção

O especialista diz que a principal forma de tratamento do problema é a mudança nos hábitos de vida, principalmente os alimentares. "O tratamento do problema pode até incluir o uso de medicamentos, mas só isso não funciona. O método mais eficiente contra a queimação no estômago é a mudança de hábitos, tanto em relação à dieta, quanto à forma como os alimentos são consumidos. Mastigando bem os alimentos, por exemplo, você facilita o trabalho do estômago, que pode produzir menos ácido", completa o médico.

Veja outras dicas do especialista para prevenir esse problema:

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