Os cientistas desceveram a aurora como sendo muito parecida com a que temos no Hemisfério Norte, porém, possui uma coloração mais avermelhada e uma luz bem mais intensa.
"Se você pudesse se colocar de pé na superfície da anã marrom – o que é impossível, pois a temperatura é muito alta e a gravidade avassaladora –, seria presenteado com um show de luzes fantástico, graças às auroras, que são centenas de milhares de vezes mais poderosas que as detectadas em nosso sistema solar", diz Gregg Hallinan, professor assistente de Astronomia da universidade Caltech, na Califórnia, Estados Unidos, no texto de divulgação da descoberta.
A anã marrom em questão está a 20 anos-luz da Terra, na constelação de Lira. O trabalho de Hallinan foi publicado na revista Nature, um das mais importantes publicações científicas do mundo.
Segundo os cientistas, a descoberta de aurora em objetos fora de nosso sistema solar pode ajudar na busca por vida extraterrestre. Um exemplo disso, de acordo com o pesquisador Gregg Hallinan, é que para gerar esse efeito luminoso, o astro precisa ter um campo magnético, e, com isso, existe a proteção da atmosfera contra a radiação ultravioleta de tempestades estelares – também chamada de ejeção de massa coronal, que ocorre em nosso Sol..