Segundo Suely Resende, especialista em Medicina Reprodutiva do Fertility Medical Group, o maior problema é que, quando não tratada, a clamídia pode causar infecção nas trompas de falópio, levar à doença inflamatória pélvica e à infertilidade. A especialista explica que é frequente, desde as primeiras relações sexuais, a jovem notar algum corrimento e deixar o consultório do ginecologista com prescrição de antibióticos tanto para ela, como para o parceiro.
Só nos Estados Unidos, estima-se que surjam 2,8 milhões de casos de clamídia todos os anos, embora somente metade disso seja devidamente reportado às autoridades de saúde. Em segundo lugar vem a gonorreia, com mais de 800 mil novos casos. "Vale ressaltar que a contaminação por clamídia não acontece somente no sexo vaginal, mas também no anal e oral. Por isso é tão importante que, pelo menos uma vez ao ano, as pessoas consultem seus médicos e façam exames para descartar essa possibilidade. Isso sem mencionar a necessidade de se fazer sexo seguro", diz a médica.
Suely Resende explica que ardência ao urinar e o desconforto durante as relações sexuais, além da presença de corrimento, são os sintomas mais comuns da doença.
Na gestação
A especialista faz um alerta a respeito das mulheres que contraem clamídia durante a gravidez. "Se a paciente está grávida e descobre que tem a doença, é importante conhecer os riscos de transmitir para o bebê durante o parto. Inclusive, a criança poderá, já ao nascer, sofrer de pneumonia ou apresentar infecção ocular grave, podendo levar à cegueira. Daí a importância de fazer exames já na primeira visita de pré-natal e seguir o tratamento prescrito na íntegra", completa a médica..