Antigamente, acreditava-se que as doenças crônicas tais como obesidade, hipertensão, diabetes como enfartes e derrames, começavam na fase adulta. Mas, estudos recentes comprovam que eles podem ter início ainda no útero.
Isso porque durante a gestação as células se multiplicam em alta velocidade o que caracteriza, portanto, uma fase determinante para a boa formação de todos os órgãos do bebê, sobretudo, dos sistemas cardiovascular e respiratório. "Então, estudos britânicos comprovaram que quando o ambiente uterino materno sofre alguma perturbação como uso de drogas, hipertensão, regime alimentar excessivo ou até mesmo depressão, o neném pode vir a nascer com baixo peso. Essa condição o deixa predisposto a desenvolver doenças crônicas quando adulto, além de comprometer a elasticidade das artérias, densidade dos ossos e estar mais suscetíveis à depressão", complementa a também pediatra Ana Maria Escobar.
Período decisivo
Com isso, fica ainda mais claro o papel fundamental da mãe para garantir a saúde do seu filho. "O mês anterior à gestação, os nove meses de gravidez e os dois anos do bebê contabilizam os primeiros mil dias do bebê.
Obesidade, altas taxas de estresse, uma alimentação rica em gordura, violência, entre outras situações adversas que a gestante pode enfrentar não passarão impunes para o bebê. "A comunicação mamãe/bebê é feita por meio da placenta. É essa estrutura que conduzirá não apenas os nutrientes, mas irá traduzir todas as informações maternas para o bebê. Qualquer uma dessas condições pode gerar estresse para o feto. Esse estresse poderá alterar o eixo hormonal que regula funções do organismo como desenvolvimento e crescimento, menstruação, níveis de transpiração, entre outras várias particularidades de diversos órgãos", complementa a especialista.
(com Portal EBC e ABC da Saúde Infanto-Juvenil).