O fenômeno começou a ser estudado por volta de 1940, mas ninguém conseguia ver as rochas se movendo, e tampouco explicar essa incógnita. Com a falta de explanação, surgiram algumas teorias exóticas sobre a questão. O movimento das pedras chegou a ser atribuído a campos de energias poderosos, ao magnetismo da Terra e até mesmo à ação de extraterrestres.
Fim do mistério
A explicação científica veio graças ao pesquisador Richard Norris, da Universidade da Califórnia, nos Estados Undos, e ao seu primo James Norris. Eles puderam presenciar e captar imagens das rochas se movendo.
Em estudo publicado na revista científica Plos One, a dupla mostra que o fenômeno se inicia quando a chuva produz uma espécie de lago superficial sobre o terreno seco. Durante a noite fria do deserto, o líquido se congela, formando uma capa de gelo na qual as bases das rochas ficam presas.
Quando o sol aparece, o gelo começa a se quebrar, criando placas que se deslocam com o vento.
A geóloga Cristina Helena Augustin, professora da UFMG, confirma que fenômenos naturais podem ocasionar deslocamentos de grandes rochas. "É possível sim. No caso desse deserto, quando o gelo começa a derreter, a água escoa e provoca o movimento. A pedra vai junto. Não é um fluxo contínuo como um rio, mas fornece uma camada móvel que tira a pedra da posição de repouso", explica a especialista..