"Desde que se apoderou da função, vem imprimindo aos trabalhos daquele órgão um modus operandi baseado principalmente, e isso é visível, no conluio com grande parte da mídia, em que prevalece o vazamento de informações e a criação de uma narrativa, de modo a dar aparente veracidade aos fatos", afirma o senador.
Assista a um trecho do discurso do parlamentar, em que ele sussurra um palavrão:
Entre fatos que fazem parte da "sórdida estratégia", Collor citou a apreensão de três carros de luxo de sua propriedade e a citação de seu nome como coordenador de um grupo que teria movimentado cerca de R$ 26 milhões no esquema de corrupção da Petrobras entre 2010 e 2014.
"Nada tenho a ver com os fatos a mim imputados. Reafirmo que tudo não passa de ilações, falsas versões impingidas à opinião pública de forma a esterilizar a verdade, a escamotear as reais intenções midiáticas do procurador-geral e a impor a narrativa que a ele interessa".
Recondução
Collor ressalta que Janot está em campanha para ser reconduzido ao cargo de procurador-geral (seu mandato encerra-se em setembro) e que o Senado tem a palavra final sobre a indicação a ser feita pela presidente Dilma Rousseff. Ele alertou que a sociedade está atenta a esse processo.
"A responsabilidade institucional do Senado quando da apreciação do nome será ainda maior. É preciso que todos abram os olhos para muitos dos aspectos nebulosos que estão por trás dessas investigações", observa o parlamentar.
O senador também leu na tribuna uma carta assinada por servidores da Secretaria de Comunicação Social do Ministério Público e encaminhada a Janot no início de março. O documento contém questionamentos feitos pelos servidores a respeito da imagem institucional do órgão.
(com Agência Senado).