Na opinião de Adam Balen, presidente da British Fertility Society, esse tipo de doação direta, sem assistência médica especializada, é bastante perigoso, já que o sêmen pode conter diversos tipos de doenças sexualmente transmissíveis.
No Brasil há pelo menos oito milhões de casais inférteis. Apesar dos brasileiros estarem de olho nas facilidades oferecidas em outros países, vale dizer que a doação de gametas (células reprodutoras) obedece aos preceitos da gratuidade e do anonimato. "Nem o doador conhece o casal ou a receptora a quem o sêmen foi doado, nem tampouco os receptores terão acesso à identidade do doador. Sendo assim, não há possibilidade de reclamação, futuramente, de pensão alimentícia ou responsabilidade social pela paternidade. Esse anonimato só é quebrado em situações muito especiais, em decorrência de motivação médica. Ainda assim, a clínica de reprodução assistida faz toda a intermediação", diz Assumpto Iaconelli Junior, diretor do Fertility Medical Group.
O especialista acredita que o Facebook poderia ser um meio eficiente de alertar a população sobre a importância da doação de gametas de forma anônima e dentro da legislação brasileira.