Quando a aeronave passava pela fronteira entre os estados de Nebraska e Colorado, encontrou uma condição climática extrema. De acordo com a porta-voz do aeroporto internacional de Denver, onde os pilotos tiveram de fazer o pouso de emergência, o avião experimentou uma "turbulência severa", e um passageiro teve de ser levado para o hospital. Ao todo, 125 passageiros e cinco tripulantes estavam no voo.
"Em alguns momentos caímos como se o ar tivesse 'saído' debaixo da gente. Pudemos ver relâmpagos se espalhando pelas asas e granizo batendo na fuselagem do avião", conta o passageiro Beau Sorensen ao jornal Denver Post. "Bebês choravam e alguns adolescentes atrás de mim gritavam", completa. A situação foi tão dramática que, segundo informações dos passageiros, a aeronave chegou a descer 3 km em menos de um minuto.
Os danos no para-brisa foram severos e chegaram a atrapalhar a visão dos pilotos durante o pouso de emergência. Na conversa de rádio divulgada pelo canal local Denver Channel, o comandante do voo chega a reportar a necessidade de se fazer a aterrissagem automática, com ajuda de aparelhos.
Granizo é perigoso?
Segundo a Infraero, mesmo que a chuva seja intensa, é possível voar porque a aeronave foi concebida para operar também nessas condições. "Eventualmente, pode ocorrer algum desconforto por causa das turbulências", diz a empresa estatal que administra a maioria dos aeroportos no Brasil.
Como mostra a instituição, quando o avião se encontra em voo, os fenômenos climáticos mais preocupantes são: turbulência, turbulência de céu claro, formação de gelo (granizo), presença de nuvens verticais com topos a grandes altitudes (cumulonimbus) e, ocasionalmente, cinzas vulcânicas..