Segundo Mansur, a proposta tem o apoio de outras deputadas, e é importante para se evitar os "excessos" que vêm sendo cometidos. "Temos que diminuir os 'excessos'. Eu acho que temos que adotar uma certa liturgia dentro da casa, um respeito. Estou no quinto mandato e, às vezes, você vê pessoas com vestimentas fora do padrão, no plenário da casa", diz o deputado paulista. "Tenho 64 ano e nada me choca mais. A gente percebe que existe um padrão no judiciário e ele não é seguido aqui", completa o parlamentar.
O grande problema, segundo as deputadas, são as minissaias e os decotes, que estariam em desacordo ao decoro "exigido" pela Câmara dos Deputados. A ideia é seguir a mesma lógica do judiciário, em que as mulheres devem usar blazer, tailleur, calça social ou saia comprida para acompanhar julgamentos ou transitar pelas dependências da casa.
Para os homens, que já são "obrigados" a usar terno e gravata, a grande mudança é a proibição do uso de calças jeans apertadas, rasgadas, estilizadas, bem como o uso de chinelos ou similares (salvo necessidade médica). O texto apresentado por Cristiane Brasil coíbe "peças excessivamente decotadas, tanto na frente quanto nas costas, blusas de frente única ou tomara-que-caia, shorts, bermuda, mini blusa, minissaia, trajes de banho e de ginástica". Além disso, não será permitida a exposição do abdômen ou da lombar, como acontece em calças de cós baixo..